Na tarde de ontem (20), o Sebrae Minas realizou um evento especial para celebrar os 30 anos do Fampe – Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas, um dos mais importantes instrumentos de acesso ao crédito para os pequenos negócios do país. Com uma programação diversificada, o encontro reuniu autoridades, especialistas, gestores públicos e empresários para discutir o impacto do crédito garantido na vida dos empreendedores e o papel estratégico do Sebrae na estruturação de soluções financeiras acessíveis.
Criado em 1995, o Fampe já viabilizou mais de R$ 36 bilhões em crédito no Brasil, sendo R$ 5,45 bilhões apenas em Minas Gerais, com mais de 114 mil operações e 87 mil empresas mineiras beneficiadas. O evento marcou três décadas de um programa que transformou a realidade de milhares de pequenos negócios e consolidou o crédito garantido como instrumento de inclusão e desenvolvimento.
Durante a abertura do evento, o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, destacou o compromisso histórico da instituição com os empreendedores e o desenvolvimento territorial.
“O Fampe é um instrumento de transformação social e econômica, capaz de gerar emprego, renda e oportunidades. E o Sebrae Minas tem desempenhado um papel fundamental nesse processo, viabilizando o acesso ao crédito junto às instituições financeiras, mas, principalmente, garantindo que ele seja bem utilizado. Por meio do Programa Crédito Assistido, os empreendedores são acompanhados antes, durante e depois da contratação, oferecendo orientação técnica, capacitação em gestão financeira e apoio personalizado para o uso eficiente dos recursos. Essa estratégia amplia as chances de sucesso das empresas, reduz riscos e fortalece a competitividade dos pequenos negócios mineiros”, afirma.

Crédito como ferramenta de transformação
O evento comemorativo contou com a participação online do idealizador do Fampe, Guilherme Afif Domingos, que já foi Ministro Chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa e presidente do Sebrae Nacional. “O crédito sempre foi fundamental para o desenvolvimento e o sucesso das empresas. O problema antigamente era a garantia, principalmente para os pequenos negócios. Pensando nisso, enviei alguns profissionais para entender como funcionava o crédito garantido em outros países. E aí estruturamos o Fampe, que foi lançado pelo governo federal em 1995. É um orgulho ver que os R$ 25 milhões iniciais do Fundo se transformaram em R$ 2 bilhões atualmente”, relembra.

O doutor em economia e diretor presidente da Tendências Consultoria, Gustavo Loyola, também foi um dos convidados do evento. Loyola, que já foi presidente do Banco Central, destacou em sua palestra “Do plano real ao presente: legado e transformações econômicas” que o crédito só começou a ser pensado após a implantação do Plano Real e reforçou os desafios das micro e pequenas empresas. “O crédito muitas vezes é necessário para que o negócio possa crescer, mas o endividamento tem que ser responsável. Os empresários têm que saber como e onde empregar esses recursos e solicitá-los de acordo com a capacidade de pagamento dos projetos a que eles se destinam”, recomenda.
O economista phD Adolfo Sachsida destacou em sua palestra as reformas estruturantes, o crédito e a garantia, bem como o papel do Fampe para os pequenos negócios. ”Traduzindo o Fundo do economês para o simples: é crédito mais barato para as empresas. E o trabalho que o Sebrae faz, levando um crédito mais acessível e assessoria técnica, é fundamental, pois quer dizer mais emprego e mais renda, trazendo desenvolvimento para a empresa, as pessoas e as cidades”, pontua Sachsida, que já foi Ministro de Minas e Energia.

Debates, conexões e experiências práticas
A programação contou, ainda, com painéis técnicos. Destaque para a participação de Douglas Cabido, diretor técnico do Sebrae Minas, que abordou o crédito como motor do desenvolvimento territorial; e de Adalberto de Sousa, do Sebrae Nacional, com o tema “Sebrae e Fundos Garantidores”, em que reforçou os benefícios de um fundo garantidor para os pequenos negócios.

O evento foi finalizado com o painel “Cliente no Centro”, com Rogério Corgosinho, gerente de Desenvolvimento Territorial e Serviços Financeiros do Sebrae Minas; Débora de Souza, analista da instituição; e Izabel Gomes, empresária da Pro Mais Academia, de Divinópolis. Ela compartilhou sua trajetória de sucesso e crescimento e o apoio do Sebrae e do Fampe em sua jornada empreendedora. “A possibilidade do crédito chegou na hora certa. E o suporte do Sebrae me trouxe muita confiança para seguir em frente. Consegui investir na expansão da academia, melhorar o atendimento e contratar mais pessoas. O Fampe é mais que uma garantia, é um empurrão para continuar acreditando no sonho”, reflete.

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