A empresária Michele Cotrim herdou da família o dom para os negócios. Ela cresceu aprendendo a arte de negociar com a mãe, que tem uma loja de roupas, e teve também a influência do pai, que é dono de um bar. Mas foi há 11 anos que Michele realizou o sonho de ter o próprio negócio, quando abriu a Autêntica Store, na cidade de Carlos Chagas, no Vale do Mucuri.
Ela conta que no começo enfrentou dificuldades para gerir a loja, por estar presa a uma cultura típica do interior: as vendas a prazo. Até perceber que para permanecer com as portas abertas teria que abolir as conhecidas “notinhas”. A partir daí, tudo mudou. “Quando você aceita a notinha, não faz propriamente uma venda, mas financia uma mercadoria para o cliente. Se tivesse continuado trabalhando dessa forma, já teria fechado meu negócio”, afirma.
Antenada ao universo da moda e às tendências da internet, Michele, desde cedo, percebeu a força e a importância das mídias digitais para alavancar as vendas. Quando iniciou o negócio, ela usava a extinta rede social Orkut para divulgar as roupas. “Também fazia panfletagem e propaganda em carro de som, mas hoje atuo fortemente no Instagram, pois se o meu cliente está ali, tenho que estar também. Uso todas as ferramentas que o aplicativo proporciona e tenho obtido resultados”.
A guinada na gestão da loja de artigos voltados para o público feminino veio a partir de muito estudo, pesquisas e cursos realizados no Sebrae Minas. “Participei de vários cursos do Sebrae, como a Mentoria de Alto Impacto, que abriu minha mente e me preparou para ajudar outras empreendedoras. Também concluí uma consultoria focada em marketplace que aumentou minha visibilidade na internet”, conta.
Assim como em boa parte do comércio, a loja de Michele foi impactada pela pandemia, o que a levou a diversificar as estratégias de vendas. “Além de ter apostado no Instagram, encaminhei potenciais clientes para o WhatsApp e o Telegram, para receberem em primeira mão os lançamentos e promoções”.
Atualmente, o perfil da Autêntica no Instagram conta com mais de 11 mil seguidores e recebe encomendas de todo o Brasil. A empresária observa, contudo, que investir em marketing digital não basta. “É igualmente fundamental que o lojista busque informações sobre moda e estratégias de venda. Foi assim que meu faturamento aumentou. Tudo tem que estar muito bem alinhado”, afirma.
Estratégia de sobrevivência
Michele Cotrim integra o grupo de empreendedores que acredita que o uso da internet para divulgar ou vender produtos e serviços deixou de ser uma opção para se tornar essencial à sobrevivência dos negócios, sobretudo após a adoção das medidas de isolamento social, como aponta um estudo encomendado pelo Sebrae Minas sobre marketing digital.
O levantamento ouviu 1.160 microempreendedores individuais nos dias 8 a 20 de maio e revelou que seis em cada 10 empreendedores divulgam ou vendem pela internet, enquanto dois em cada 10 realizam essas atividades exclusivamente nos meios digitais. Dentre os entrevistados, 43% já utilizavam a internet para divulgação e 38% para vendas antes da pandemia, enquanto 20% e 19%, respectivamente, começaram a usar a internet para divulgar e vender a partir de março do ano passado. As mulheres (71%) são as que mais utilizam o marketing digital, frente a 62% dos homens.
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