A Economia da Longevidade ou Economia Prateada, que representa o conjunto de serviços, produtos e soluções de consumo voltados para as pessoas com mais de 50 anos, está ganhando cada vez mais espaço. O segmento faz circular cerca de R$ 2 trilhões somente no Brasil e, mundialmente, em torno de R$ 60 trilhões, conforme estudo da Data8, consultoria especializada nesse tipo de público.
A necessidade de se adequar para atender o mercado foi um dos temas do segundo dia do Reload 2024, maior evento de marketing promovido pelo Sebrae Minas, em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (20/3).
O painel “Estratégias para o seu negócio se comunicar com o consumidor 50+” abordou a necessidade de redirecionar o olhar sobre o envelhecimento. “Quando falamos sobre envelhecer, não nos referimos ao futuro e, sim, ao presente. As pessoas com mais de 60 anos têm dificuldade de se sentirem representadas”, afirma a CEO e fundadora da Wise Work Brasil, Dani Aguiar.
Outra abordagem foi a influência do marketing sobre esse público que tem grande poder de compra, diferentemente do que vários imaginam. De acordo com o especialista em marketing Jorge Rocha, o mercado não pensa na longevidade, e a Economia Prateada é um nicho pronto para ser trabalhado. “Hoje, podemos listar três áreas com oportunidades: facilidades para moradia, saúde e bem-estar, e o de soluções tecnológicas”, aponta.
Mitos sobre o mercado do envelhecimento
Repleto de preconceitos, o público sênior também está inserido nas transformações sociais, econômicas e tecnológicas. Por isso, de acordo com os especialistas, é necessário desmistificar os padrões de comportamento, consumo e relações com as marcas. “Precisamos intensificar o nosso entendimento sobre as pessoas mais velhas e aprender a dar foco nesse público, que tem dinheiro e quer gastar. No entanto, deseja se sentir representado”, avalia a consultora da DB Consultoria Dani Barcellos.
Neste sentido, a consultora lista os quatro principais mitos:
1) Pessoas mais velhas não se interessam por tecnologia: 95% das pessoas 60+, por exemplo, têm smartphones. Elas utilizam relógio para exercícios físicos, medidor de frequência cardíaca, que são recursos da telemedicina. Também existem os influenciadores digitais 50+, como As Avós da Razão, representado por Gilda (82) e Sonia (86), que se aventuram nesse universo, inspiram e dão voz para este público.
2) Pessoas mais velhas não têm poder de compra. São consumidores que já se encontram em uma situação financeira mais estável. O consumo nessa faixa etária cresce três vezes mais se comparado com pessoas jovens.
3) Pessoas com mais de 50 anos são todas iguais. Elas vivem momentos diferentes e possuem necessidades distintas. É preciso conhecê-las, sem preconceitos ou estereótipos. Há muita possibilidade para segmentação.
4) Pessoas mais velhas não são influenciadas pelo marketing. A campanha da linha de cosméticos Natura Chronos “Velha pra isso” é um exemplo de representatividade. Mostra como as mulheres passam a vida sendo julgadas pela idade. O público 50+ usa a internet para diversos fins, dentre eles, a busca de informações sobre produtos e serviços.
Saiba mais sobre Empreendedorismo 50+: Longevidade e diversidade etária nos negócios acessando o conteúdo gratuito do Sebrae Play neste link.
Reload na capital e no interior
Belo Horizonte deu o pontapé inicial do Reload com dois dias de atividades. Até setembro, o evento também passará pelas cidades de Patrocínio, Juiz de Fora, Araxá, Alfenas, Montes Claros, Governador Valadares, Formiga e Teófilo Otoni. A próxima edição do evento será em Patrocínio, em 4 de maio. As inscrições podem ser feitas pelo link.
Serão abordados temas como gestão de mídias sociais, criatividade, dados e métricas, produção de conteúdo, marketing de influência, inteligência artificial, relacionamento com cliente, tendências e tecnologia.
-
Assessoria de Imprensa Sebrae Minas – Regional Centro
Aline Reis – (31) 99934-0658
Flávia Ferraz – (34) 99913-7999