Lideranças políticas e empresariais, imprensa e cafeicultores de Patrocínio, no Alto Paranaíba, se reuniram nesta terça-feira (31/10) para o lançamento da Rota do Café Cerrado Mineiro. O evento ocorreu na Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer), com a apresentação do vídeo sobre o roteiro, e entrega das placas de identificação das propriedades. A projeto é uma iniciativa do Sebrae Minas, Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Associação Comercial e Industrial de Patrocínio/Câmara de Dirigentes Lojistas (Acip/CDL), Secretarias Municipal e de Estado de Cultura e Turismo.
A Rota tem o objetivo de estimular o turismo de experiência na primeira Denominação de Origem (DO) de cafés do Brasil. Um receptivo irá organizar as visitas, a princípio, em quatro propriedades que integram o grupo piloto. São perfis diferentes de fazendas que podem ser escolhidas de acordo com a demanda dos turistas, que terão a vivência na produção de cafés de excelência, experiências gastronômicas harmonizadas com a bebida, com traços da cultura e mineiridade reconhecidas internacionalmente.
“É motivo de orgulho ter o café como um aliado no desenvolvimento do turismo de experiência da região”, afirmou o presidente da Expocaccer, Fernando Beloni, anfitrião do evento. Para garantir a melhor experiência, também, no comércio local, o Sebrae Minas promoveu diversas capacitações envolvendo o trade turístico, como rede hoteleira, bares e restaurantes. O intuito foi preparar toda a cadeia produtiva para receber os turistas. “Essa ação mobilizou a classe empresarial. Entendemos que, quando o consumidor conhece a produção, entende o valor agregado ao produto, e tem mais interesse em conhecer outros setores que trabalham com a bebida, como cafeterias e empórios”, afirma o presidente da CDL, Thiago Almeida.
Lançamento nacional
A Rota do Café Cerrado Mineiro será lançada, nacionalmente, durante o Festuris, o maior evento do país para promoção de destinos turísticos, marcado para os dias 9 e 10 de novembro, em Gramado, no Rio Grande do Sul. “Patrocínio será a estrela na promoção das rotas de Minas Gerais em turismo de experiência neste grande evento. Uma região que é referência na produção de cafés especiais com inovação e práticas sustentáveis passa a despontar, também, com experiências enriquecedoras para os turistas e benefícios duradouros para o território. Aqui, o turista vai entender que ao saborear o café, há uma governança estruturada e com responsabilidade nas práticas de ESG”, destaca o gerente do Sebrae Minas na regional Noroeste e Alto Paranaíba, Marcos Alves.
Ele reforçou, ainda, que o engajamento de todos os parceiros e a contratação de uma profissional especializada em turismo, que prestou toda a consultoria necessária aos envolvidos no projeto, transmitiu a devida segurança para os produtores abrirem suas fazendas ao turismo de experiência.
O Rota do Café Cerrado Mineiro também tem o propósito de conectar o modo de produção do produto da bebida de qualidade com o consumidor final. “O turista vai conhecer, além da produção, história do café, das fazendas e dos produtores. É um projeto piloto que vai estimular a participação de novas propriedades e, com certeza, agregar valor para todos os envolvidos”, ressalta o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Gláucio de Castro.
O prefeito de Patrocínio, Deiró Marra, destacou que o Rota é um complemento ao turismo de negócios que a cafeicultura já movimenta na cidade. “É um projeto que nasceu bem estruturado e que irá fomentar o empreendedorismo, com um espírito de vanguarda na região”, comenta. O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, enviou um vídeo parabenizando o lançamento da Rota e reforçando o apoio da entidade aos envolvidos.
Representando os demais cafeicultores que participam do projeto piloto, o diretor de agronegócios da Acip, Roger Montanari, explicou que foi possível viabilizar o que surgiu em rodas de conversa entre os produtores, que buscaram inspiração no turismo do vinho em Bento Gonçalves, ao pensar no projeto como um produto mínimo viável (PMV). “Temos uma governança sólida. É uma iniciativa que irá proporcionando novas fontes de receitas para a cidade e, principalmente, confere visibilidade às práticas sustentáveis e à agricultura regenerativa – que permite regenerar naturalmente o solo e reduzir as emissões de carbono na natureza. São pilares bastante valorizados pelo mercado e que adotamos na região”, pontua.
Cerrado Mineiro
Produzido em 55 municípios das regiões do Alto Paranaíba, Triângulo e Noroeste Mineiro, o café do Cerrado corresponde por 12,7% da safra anual do país. Em Minas Gerais, ele representa 25,4% de todo o estado, com produção média de seis milhões de sacas por ano. O produto se caracteriza por ser cultivado em um território singular, com definição das estações climáticas – verão quente e úmido e inverno ameno e seco. Os cafeeiros são cultivados em áreas com altitude que variam entre 800 e 1,3 mil metros, o que resulta em cafés com identidade única e de alta qualidade.
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