As micro e pequenas empresas (MPE) mineiras registraram, em julho, o saldo de empregos de 16.209 vagas, o segundo maior do país atrás apenas de São Paulo (44.612 vagas). É o que mostra o levantamento realizado pelo Sebrae Minas, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, que acompanha a evolução do mercado de trabalho traduzindo em números a realidade dos pequenos negócios.
Em Minas Gerais, as MPEs foram as que tiveram melhor desempenho no período, já que as médias e grandes empresas (MGE) registraram um déficit de -233 vagas no saldo de empregos. Vale lembrar que o resultado obtido pelos empreendimentos de pequeno porte se deu pela diferença entre as 122.479 admissões e 106.269 desligamentos ocorridos no período. Contudo, este saldo corresponde a um decréscimo de -26,2% em relação ao mês anterior.
“Apesar do momento de incertezas econômicas e políticas pelo qual atravessamos em 2022, além da inflação, desaceleração da economia mundial e impactos causados pelo baixo potencial de consumo das famílias, o mercado de trabalho dos pequenos negócios em Minas Gerais vem se recuperando gradativamente. As MPEs mineiras têm sido a maior geradora de postos de trabalho com carteira assinada no estado. Em termos de comparação, elas geraram, somente no primeiro semestre do ano, um saldo de empregos quase quatro vezes maior que o das empresas de médio e grande porte do estado”, justifica o assistente do Sebrae Minas André Costa.
As MPEs do setor de serviços foram as que se destacaram em julho e obtiveram o maior saldo de empregos, 5.290 vagas, na frente da Construção Civil, com o saldo de 4.842 novos postos de trabalho, e pela Indústria de Transformação, com 2.975 vagas. Por outro lado, a Agropecuária foi o setor que teve o pior resultado, com saldo de 109 novos postos, sendo também o setor com a pior variação em relação a junho, com -89,9%.
No ranking das ocupações que registraram o melhor desempenho no mês de julho estão: servente de obras (1.677 vagas), alimentador de linha de produção (1.124 vagas) e faxineiro (843 vagas)
Já entre as cidades que registraram o maior saldo de emprego das MPEs, o destaque vai para Belo Horizonte, que liderou a criação de vagas no segmento, com um saldo de 2.148 postos de trabalho, seguida por Betim (Região Metropolitana), Uberlândia (Triângulo Mineiro) e Nova Serrana (Centro-Oeste do estado) com o saldo de 737, 734 e 513 vagas de emprego, respectivamente. Patos de Minas teve o pior resultado, com um saldo de -86 postos de trabalho, seguido por Paracatu, com -66 vagas, e Varginha, com -57 vagas.
Sobre o perfil dos trabalhadores que os pequenos negócios mineiros contrataram em julho, a maioria eram homens (64%), mais da metade com faixa etária entre 18 e 24 anos (51%), com Ensino Médio completo (81%) e que recebiam uma média salarial de R$ 1.635,65.
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