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Nova estratégia pretende tornar a ‘Região da Canastra’ marca território de diversos produtos

Iniciativa liderada pelo Sebrae Minas e cooperativas de crédito do território tem o objetivo de valorizar a origem dos produtos, a identidade regional e o trabalho dos produtores
Por Simone Guedes
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Já reconhecida pelo queijo e o café, agora a Serra da Canastra pretende se tornar referência na produção de outras iguarias feitas na região. A estratégia de criar uma marca território para promover a valorização da origem e estabelecer um controle de procedência dos produtos e serviços locais, foi apresentada pelo Sebrae Minas, nesta quarta-feira (3/7), aos produtores e à comunidade de São Roque de Minas, no Centro-Oeste do estado.

A iniciativa surgiu após uma missão empresarial realizada, em maio deste ano, à Região Alto Adige, também conhecida como Sul Tirol, na Itália. Na ocasião, a comitiva liderada pelo Sebrae Minas foi composta por produtores rurais, lideranças locais e entidades representativas. O objetivo da ação foi conhecer práticas de gestão e valorização do território para a promoção de produtos no mercado associados à marca da região.

“Nessa visita, percebemos que o Sul do Tirol se assemelhava bastante à Região da Canastra, tanto pela diversidade de produtos quanto pelo potencial turístico. Vamos nos inspirar nessa experiência para criar uma estratégia pioneira no Brasil, aproveitando a notoriedade já conquistada pelo queijo da nossa região. Nossa expectativa é impulsionar o desenvolvimento econômico regional e a criação de novos negócios, além de proteger a marca ‘Região da Canastra’, oferecendo mais segurança aos produtores e consumidores sobre a procedência dos produtos”, diz o diretor da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan), João Carlos Leite, mais conhecido como ‘Joãozinho’.

Assim, surgiu o movimento para a criação da marca território ‘Região da Canastra’, que atuaria como uma marca ‘guarda-chuva’, contemplando a promoção de diversos produtos locais, como o mel, azeite, charcutaria, vinho e frutas (abacate), associados aos potenciais turísticos regionais. A intenção é fortalecer a reputação da marca território, valorizando a origem dos produtos, por meio de critérios de procedência, padronização e controle de qualidade.

“A ideia é que para cada produto haja uma associação que crie protocolos específicos que normatizem e certifiquem que aquele item tem características únicas que só se encontram nessa região. Dessa forma, as lideranças das associações e representantes das entidades parceiras locais, envolvidas na cadeia produtiva, fariam parte da governança gestora da marca território ‘Região da Canastra’”, explica o gerente do Sebrae Minas da Regional Centro-Oeste e Sudoeste de Minas, Leonardo Mól.

Para este ano, além das ações de sensibilização dos produtores e comunidades, o Sebrae Minas também vai contratar uma consultoria especializada para realizar um estudo, nos próximos seis meses, para avaliar e definir os critérios de delimitação da região, e os municípios que poderão fazer uso da marca território.

Já em 2025, está prevista a construção de uma estratégia de promoção por meio da metodologia do place branding (ou marca de um lugar), que irá definir o posicionamento da marca território no mercado. “Queremos que a ‘Região da Canastra’ seja uma marca forte e de referência. Para isso, vamos criar uma identidade que promova atributos singulares da região, criando um senso de pertencimento da comunidade e associando o turismo aos produtos regionais. Mais do que isso, queremos valorizar a cultura e a tradição local, agregando valor aos produtos e criando diferencial competitivo no mercado”, afirma Mól.

Além do Sebrae Minas, o movimento para a criação da marca território ‘Região da Canastra’ tem o apoio das cooperativas de crédito e associações de produtores de cinco municípios: Sicoob Sarom (São Roque de Minas), Sicoob Credialto (Piunhi), Sicoob Credipimenta (Pimenta, Sicoob Credicapi (capitólio) e Sicoob CrediBam (Bambuí).

Sobre a Canastra

Localizada entre o Oeste e Sul de Minas Gerais, a Serra da Canastra é um tesouro natural que destaca a biodiversidade e as paisagens do cerrado. A região abriga ainda a nascente do Rio São Francisco e o Parque Nacional da Serra da Canastra, que protege uma área de aproximadamente 200 mil hectares, preservando a biodiversidade e os recursos hídricos locais.

Em 2012, com o apoio do Sebrae Minas, o queijo produzido na Canastra conquistou a chancela de Indicação Geográfica (IG), na modalidade de Indicação de Procedência (IP), concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Em 2023, foi o café especial produzido na região que recebeu a IG, na modalidade Denominação de Origem (DO), a mesma já adquirida anos atrás pelas regiões do Cerrado Mineiro (em 2013) e Mantiqueira de Minas (em 2020).

Este ano, foi a vez do turismo da região conquistar holofotes, com o início do projeto para a criação da nova rota turística com foco nos atrativos, naturais, gastronômicos e de experiência da Serra da Canastra. A previsão é que a rota seja lançada até dezembro.

“Ao longo dos anos, o Sebrae Minas em parceria a Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan) e Associação dos Cafeicultores da Canastra (Acanastra) tem desenvolvido um trabalho voltado para o fortalecimento do associativismo, a valorização da origem e do trabalho dos produtores, além do incentivo a adoção de práticas sustentáveis. O objetivo é criar diferenciais para os produtos locais junto aos diversos compradores e consumidores, ampliando a geração de emprego e renda na região, e promovendo o desenvolvimento econômico local”, conta o gerente regional do Sebrae Minas.

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Assessoria de Imprensa do Sebrae Minas

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