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Laboratório vai atestar qualidade dos cafés produzidos na região de Chapada de Minas

Instalação, que tem o apoio do Sebrae Minas, funciona na sede do ICCM, que será inaugurada na próxima semana, no município de Capelinha
Por Da redação
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Minas Gerais é o maior estado produtor de café do país. E os cafés da Chapada de Minas se destacam de forma decisiva nesse contexto. Há mais de 10 anos, o Sebrae Minas, em parceria com os cafeicultores, tem desenvolvido ações para a valorizar a origem do café produzido na região, além de estimular iniciativas para o fortalecimento da governança local, que ganhou evidência, em 2018, com a criação do Instituto do Café da Chapada de Minas (ICCM). Na próxima terça-feira (27/9), às 8h30, os produtores comemoram mais uma conquista: a inauguração da sede do ICCM, em Capelinha. No local onde está funcionando o primeiro laboratório de provas de café da região.

Entre os objetivos do laboratório está a de chancelar a qualidade dos cafés produzidos na região de Chapada de Minas e promover mudanças de paradigmas, principalmente, para os 5.800 produtores que fazem parte da região. Trata-se de um divisor de águas que pode atestar a qualidade do café produzido na região.

Imagem: Leo Drumond / NITRO

O laboratório começou a funcionar em junho deste ano. Agora, os produtores conhecem mais sobre o seu café, o que dá vantagem em uma negociação. “Controle e autonomia são outros benefícios indiscutíveis que a iniciativa do Sebrae Minas e do ICCM trazem. Todos ganham no processo, pois os compradores conseguem identificar a origem do café, como foi produzido e quem produziu”, conta Rogério Nunes, gerente do Sebrae Minas na Regional Jequitinhonha e Mucuri.

O laboratório oferece também um novo olhar sobre a cafeicultura, que vai além da qualidade do café de uma origem controlada. Sabe-se que hoje o consumidor está cada vez mais exigente. Com a chancela e as informações cedidas pelo laboratório, o consumidor vai saber, de fato, sobre a qualidade e características intrínsecas ao produto que está consumindo.

“Os produtores levam as amostras de seus cafés para avaliação e recebem uma qualificação específica, um lado completo com as características do produto em questão. O laboratório vai além, revelando uma pontuação para cada amostra de café. Agora, principalmente, o pequeno e médio produtor da Chapada de Minas tem condições reais de saber a qualidade do café que ele está produzindo e entregando ao mercado”, avalia Nunes.

Outra vantagem será em relação a comercialização e o preço na venda do produto. “Com o laudo em mãos das amostras, os produtores terão respaldo técnico para negociar o café. O desenvolvimento local também é relevante, pois uma região produtora demarcada com origem controlada atrai investimentos, sem dúvidas, e as pessoas passam a ter ainda mais orgulho de pertencer a esse território da Chapada de Minas. Com esse laudo ainda será possível comunicar ao mercado comprador a origem do café, quem produziu, a história desse produtor e a história do produto. Para o consumidor, ele passa a conhecer a origem da região, a história em si. O consumidor se conecta àquela região de forma efetiva. O ganho é coletivo”, diz.

Imagem: Leo Drumond / NITRO

Referência e autoconfiança 

O engenheiro agrônomo Sérgio Meirelles Filho é produtor de café do Vale do Jequitinhonha, da Fazendo Alvorada, que fica no município de Aricanduva. Para ele, que é um dos pioneiros no plantio do café na região, o laboratório serve como uma grande oportunidade de negócios. “Trabalho neste segmento desde 1979, e vi de perto a evolução da qualidade do café da Chapada de Minas. Posso dizer que o Sebrae Minas nos ajudou a criar a concepção desse laboratório, ele tirou do âmbito das ideias e colocou para funcionar, na prática. Também posso afirmar que o laboratório trouxe uma grande mudança, principalmente, a autocofiança para os pequenos produtores, e uma chancela para nossos produtos”, comemora.

De acordo com Raphael Marques da Silveira, gerente da Fazenda Agrofelício, no município de Felício dos Santos, o laboratório de provas de café serve como referência para os produtores. “Antes, vendíamos às cegas, sem nenhuma ou poucas referências. Com o laboratório sabemos de fato a qualidade do nosso café e o que estamos produzindo e vendendo. Além disso, é uma maneira de sabermos onde estamos errando, ou se estamos no caminho certo”, afirma.

Premiação

O laboratório de provas de café, em Capelinha, será usado para o primeiro ranqueamento dos grãos que estão participando do Prêmio Chapada de Minas, que vai reconhecer os melhores cafés produzidos na região. Os cinco primeiros vencedores serão divulgados durante a Semana Internacional do Café (SIC), que acontece em Belo Horizonte, no Expominas, de 16 a 18 de novembro.

Fazem parte do júri, especialistas chancelados pela SCA (Specialty Coffe Association), organização sem fins lucrativos, baseada em membros, que representa milhares de profissionais do café, de produtores a baristas em todo o mundo.

A SIC é uma das principais feiras do mundo que promove o encontro de profissionais com o objetivo de conectar e gerar oportunidades e negócios para toda a cadeia de produtores de café do país, gerando acesso ao mercado, negócios e conhecimentos.

Parceria 

O Sebrae Minas e o ICCM estão juntos na iniciativa para mudar a realidade de pequenos produtores de café da região de Chapada de Minas. Por meio dessa parceria que, em 2019, foi criada a marca território ‘Chapadas de Minas’, uma garantia de procedência e qualidade para que os produtores possam comprovar a origem do seu produto e os consumidores conheçam sobre a mesma.

Imagem: Leo Drumond / NITRO

Além disso, o Sebrae Minas tem oferecido aos produtores suporte técnico e gerencial, por meio do Educampo, para a melhoria dos negócios, tem desenvolvido ações para expansão de mercado e estimulado iniciativas para a valorização da origem do café produzido nos 22 municípios que compõem a região, entre eles: Água Boa, Angelândia, Aricanduva, Capelinha, Caraí, Carbonita, Catuji, Diamantina, Felício dos Santos, Franciscópolis, Itaipé, Novo Cruzeiro, Itamarandiba, José Gonçalves de Minas, Ladainha, Leme de Prado, Malacacheta, Minas Novas, Setubinha, Senador Modestino Gonçalves, Turmalina e Veredinha.

Vale lembrar que os cafés da Chapada de Minas se destacam pelas características típicas da região, em termos de aroma, sabor, corpo, acidez e finalização. Ao todo, a região possui 28 mil hectares em área plantada, com uma produção média de 560 mil sacas (em ano de alta bienalidade), gerando anualmente mais de 20 mil empregos diretos e indiretos.

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Inauguração da sede do Instituto do Café da Chapada de Minas (ICCM)

Dia 27 de setembro (terça-feira), a partir das 8h30

Na Rua Rio Branco, N° 1200, Sala 106, Bairro Planalto

Capelinha/MG

Informações e confirmação de presença: (33) 9 9990-1007

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Assessoria de Imprensa Prefácio Comunicação

André Di Bernardi – [email protected]

(31) 3379-9271 / 9275 /9278

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