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Comércio varejista se mobiliza para a Copa do Mundo e a Black Friday

Pequenos negócios podem aproveitar datas para gerar caixa já pensando em dezembro, período tradicionalmente forte para as vendas
Por Da Redação
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Neste mês de novembro, o comércio varejista deve ter as vendas aquecidas por duas datas sazonais: a Copa do Mundo do Catar e a Black Friday. Oportunidade para os empresários gerarem caixa, apostarem em novos produtos e investirem em infraestrutura ou mão-de-obra já pensando em dezembro, período tradicionalmente mais forte para o comércio.

No comparativo com o ano passado, o cenário está mais positivo para aqueles que se dedicam à atividade comercial. A última edição da Pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que 51% dos pequenos negócios de Minas Gerais fizeram investimentos nos últimos três meses. Para 49% dos entrevistados, ainda há um momento de incerteza quanto ao futuro e, por isso, eles preferem esperar um pouco mais. Foram ouvidas 330 pessoas entre 26 de agosto e 11 de setembro.

Aumentar a receita durante a Copa do Mundo, que pela primeira vez vai ocorrer entre novembro e dezembro, é um desafio para quem está no comércio varejista. Segundo a pesquisa, somente 35% dos empreendedores vão aproveitar o calendário de jogos durante os 29 dias de evento para incremento na arrecadação. Para 21% dos entrevistados, o faturamento com vendas poderá aumentar durante o evento. Outros 40% responderam que o torneio não vai aumentar e nem diminuir as vendas, enquanto 13% garantem que haverá perda de receita, e 21% não souberam responder. “A Copa do Mundo não é um período tão comercial. Os empresários costumam vender itens decorativos, vuvuzelas e televisões, mas não vai muito além disso. O empresário precisa ser estratégico, apostando em vendas maiores e preços mais acessíveis para obter números mais positivos”, afirma o analista do Sebrae Minas Victor Mota.

Já integrada ao calendário brasileiro, a Black Friday será oportuna para que o comércio varejista possa ampliar a quantidade de produtos vendidos e alavancar a recuperação: “O consumidor espera a chance de melhores compras com produtos mais baratos. Por isso, não é hora de colocar um preço mais caro e ter margem maior. O ideal é ter margem pequena e vender bastante. É o momento para liquidar produtos antigos e estocados por muito tempo. Assim, o empresário recupera o dinheiro para investir em outra coisa”, ressalta o analista.

Já o Natal é visto como um período no qual os empreendedores podem aumentar seu lucro praticando preços mais elevados. “É o momento em que a economia está aquecida, as pessoas receberam o décimo-terceiro salário, e há mais dinheiro circulando. Logo, o empresário pode vender com margem de lucro e volume consideráveis”, diz o analista.

Marketing digital

A Pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios também indicou que os canais digitais ganharam mais adeptos, já que 73% dos empresários mineiros passaram a vender por redes sociais, aplicativos ou internet. Apenas 27% responderam que o meio não é atrativo para vendas.

Segundo Victor Mota, uma forma eficaz de aumentar o volume de vendas é a aposta no marketing digital, considerado mais viável e com investimento menor. “É um canal para publicidade direcionada. Se você anuncia em um outdoor, muitos vão ver aquilo como um produto que não tem a ver com eles. Enquanto isso, nas mídias sociais, você consegue atingir realmente quem tem interesse no seu produto ou serviço”, explica.

O levantamento mostrou também que 44% dos empreendedores sinalizaram aumento de faturamento em relação a agosto de 2021, índice que reflete a retomada gradual da economia, que passou por uma recessão em 2020 e 2021.

Dívidas sob controle

Com o cenário mais positivo, a perspectiva é de novo fôlego para o comércio varejista, sobretudo, pela redução progressiva das dívidas. O levantamento do Sebrae e do IBGE apontou que 42% dos empresários mineiros não têm endividamentos. Para 37%, as dívidas fazem parte do dia a dia da empresa, mas os pagamentos estão em dia, enquanto 21% estão com dívidas e empréstimos em atraso.

De acordo com Victor Mota, a tendência é que as empresas mineiras sejam melhor estruturadas depois da retomada econômica. “Apesar das dificuldades, a crise traz aprendizado e uma das grandes lições que ficaram desse período é que os controles financeiros e as projeções são importantes, e o planejamento é fundamental. Muitos empresários tiveram que enxugar os gastos operacionais, e isso fez com que eles tivessem custos mais enxutos. Quando o movimento voltou, passaram a ter uma margem maior devido à redução dos custos”, destaca o analista.

Asssessoria de Imprensa Prefácio Comunicação
Roger Dias – [email protected]
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