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Cafeicultores da Chapada de Minas valorizam mão de obra local e gestão feminina

Projeto do Sebrae Minas estimula práticas sustentáveis que fortalecem a relação com a comunidade na região do Jequitinhonha
Por Redação
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Características particulares de clima, solo, relevo, temperatura e umidade definem o terroir dos cafés da Chapada de Minas, no Vale do Jequitinhonha, localizada entre os rios Doce, Mucuri e Jequitinhonha. Com lavouras a mais de mil metros de altitude, os 22 municípios que formam a região se destacam na cafeicultura de alta qualidade, propiciada, também, por um outro pilar que torna a produção singular: a valorização da comunidade. A adoção de práticas sustentáveis evitam a falta de mão de obra, que é um dos principais gargalos da cadeia do café, e valorizam a presença feminina em cargos de liderança no campo.

Um dos exemplos está na lavoura de Cláudio Fujio, que chegou na região em 1986, com outros 20 agricultores. Instalado na cidade de José Gonçalves, por meio do incentivo de uma cooperativa de produtores rurais do Sul do país, ele é um dos poucos que continuam na região. O produtor afirma que foi a parceria contínua com a comunidade local que o ajudou a transformar a propriedade de oito para 62 hectares.

Samuel Martins

Os cafés de Fujio já foram exportados para países da Ásia e Europa e, ainda que a lavoura esteja pronta para a mecanização, ele preserva o lema “dar serviço enquanto tiver gente para trabalhar”. Na época da florada do cafezal e colheita, são gerados mais de 70 empregos diretos somente em sua propriedade. O produtor afirma que a mão de obra humana é uma forma de respeitar a comunidade que o acolheu. “Fomos muito bem recebidos. A comunidade colabora muito na colheita do café, por isso, aqui, o ganho é coletivo”, destaca.

Há mais de dez anos, o Sebrae Minas atua junto aos cafeicultores locais e promove ações de fortalecimento de governança, representatividade e valorização da origem produtora. “O nosso trabalho vai além de levar respaldo técnico para o produtor. São ações em prol do desenvolvimento territorial acompanhado da melhoria da qualidade de vida. Uma comunidade forte, com orgulho em pertencer à Chapada de Minas, atrai investimentos e impactos positivos”, explica o gerente do Sebrae Minas na regional Jequitinhonha e Mucuri, Rogério Nunes.

Samuel Martins

Mulheres no café

A produtora Raquel Puliti, recentemente, abriu mão do cargo de gerente de marketing em uma multinacional para acompanhar a produção da fazenda Alvorada, em Aricanduva, ao lado do pai. Na propriedade, 60% dos cargos de gestão do negócio são conduzidos por mulheres, sinônimo de inspiração pela força feminina do Vale do Jequitinhonha. “Na nossa região não tem diferenciação, todos trabalham”, pontua.

Samuel Martins

Mesmo em ambiente predominantemente masculino, a produtora destaca a autonomia que tem nos negócios e ressalta que a feminilidade faz toda a diferença para o negócio.

Assessoria de Imprensa | Prefácio Comunicação

Samuel Martins – [email protected]

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