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Seminário Técnico do Queijo Artesanal de Minas discute sobre processo de produção e regulamentação sanitária

Encontro, promovido na última sexta-feira (14/6), fez parte da programação do Festival do Queijo Artesanal de Minas, realizado em Belo Horizonte
Por Simone Guedes
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Produtores de queijo e técnicos de instituições ligadas ao agronegócios participaram do Seminário Técnico do Queijo Artesanal de Minas, na sexta-feira (14/9), em Belo Horizonte. O encontro trouxe importantes discussões sobre processos de produção, técnicas inovadoras e regulamentações sanitárias do segmento. O evento integrou a programação da 6ª edição do Festival do Queijo Artesanal de Minas, promovido pelo Sebrae Minas e Sistema Faemg Senar. O festival terminou neste sábado (15/6).

Logo na abertura do seminário, o analista do Sebrae Minas Ricardo Boscaro, destacou a relevância do encontro para o alinhamento das informações de todos os envolvidos na cadeia produtiva do queijo. “Tão importante quanto capacitar o produtor rural é alinhar as informações técnicas com os especialistas das entidades que trabalham e orientam diretamente nessas propriedades. O objetivo é que possam oferecer soluções eficazes para os desafios enfrentados no campo, novas tecnologias agrícolas, práticas de manejo sustentável, técnicas de conservação do solo e da água, além de métodos para a diversificação da produção e a agregação de valor aos produtos”, afirma Boscaro.

A primeira palestra foi sobre o melhoramento genético na produção de queijo, que mostrou como as práticas de melhoramento genético podem influenciar diretamente na qualidade e na composição do leite utilizado na produção de queijos artesanais. Os participantes puderam compreender como as técnicas avançadas de seleção genética podem aprimorar características do gado leiteiro, como o aumento da produção de leite, a melhoria da composição nutricional e a resistência a doenças.

Os participantes do seminário também conheceram a certificação para identificar vacas que produzem leite com a beta-caseína A2, os benefícios desse tipo de leite para a saúde, incluindo a maior digestibilidade e a redução de problemas gastrointestinais em comparação com o leite convencional. O processo de certificação A2A2 foi minuciosamente explicado, desde os testes genéticos necessários até a criação de um rebanho certificado. Também foi enfatizado o valor agregado que o leite A2 no mercado, que tem demandado cada vez mais produtos lácteos saudáveis e naturais.

Também foram apresentados os diferentes tipos de coagulantes, suas origens e suas aplicações, além de fatores como temperatura, pH e composição do leite influenciam a eficiência e a qualidade da coagulação. Ainda foram apontadas técnicas para otimizar este processo e garantir a textura e o sabor característico dos queijos artesanais mineiros.

No painel sobre sucessão familiar, empreendedores de três queijarias mineiras compartilharam suas experiências sobre suas empresas. Eles discutiram os desafios e as estratégias adotadas para garantir a continuidade dos negócios familiares. Cada um relatou como a passagem da gestão de uma geração para outra foi cuidadosamente planejada, enfatizando a importância de preparar os sucessores desde cedo, transmitir conhecimentos técnicos e valores que sustentam a produção de queijos artesanais. Além disso, destacaram a necessidade de conciliar a preservação das tradições com a inovação, integrando novos métodos de produção e tecnologias sem perder a essência artesanal.

Já a palestra “Sustentabilidade econômica, ambiental e social” destacou a importância de práticas sustentáveis na produção de queijos artesanais. Foi enfatizado como a adoção de métodos sustentáveis pode beneficiar não apenas o meio ambiente, mas também a viabilidade econômica e a responsabilidade social das queijarias.

Houve ainda orientações sobre os requisitos necessários para que uma queijaria obtenha o Selo Arte, incluindo critérios de produção, higiene, controle de qualidade e conformidade com as normas sanitárias. Em seguida, foi apresentado um passo a passo para o processo de certificação: desde a preparação e submissão da documentação necessária, passando pelas inspeções técnicas realizadas pelos Serviços de Inspeção Municipais, até a obtenção do Selo Arte.

Outro ponto de destaque do seminário foi a palestra sobre o funcionamento do e-SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal), plataforma digital que padroniza e agiliza os processos de inspeção e registro de produtos de origem animal em nível municipal. Os participantes conheceram como a plataforma facilita a integração dos Serviços de Inspeção Municipais (SIM) com o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA), permitindo que os produtos certificados possam ser comercializados em todo o território nacional.

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