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Seminário discute concessão de Selo Arte e legislação para produção e comércio de queijo artesanal

Iniciativa do Sebrae Minas e do Sistema Faemg Senar ocorreu durante o Festival do Queijo Artesanal de Minas com debate de temas sobre legislação na atividade
Por Redação
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As normas de concessão do Selo Arte, o conjunto de leis para a produção e comércio do Queijo Minas Artesanal e os programas de autocontrole para as queijarias foram os destaques do Seminário Técnico promovido durante o 5° Festival do Queijo Artesanal de Minas, realizado nesta sexta-feira (9/6), no Expominas. A ação promovida pelo Sebrae Minas e pelo Sistema Faemg Senar foi direcionada aos técnicos que trabalham no dia a dia com os produtores em todo o estado.

O seminário contou com a participação de mais de 100 técnicos de entidades parceiras. Os debates abordaram os desafios para o entendimento da legislação federal e sua aplicabilidade no campo, junto aos produtores de queijo artesanal.

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O analista do Sebrae Minas Ricardo Boscaro destacou o dia de seminários e os conteúdos trabalhados no desenvolvimento da atividade e a qualidade dos produtos. “O objetivo é melhorar o atendimento do produtor e trabalhar de uma forma mais padronizada em todos os cantos do estado. Neste ano, o foco é discutir a concessão do Selo Arte e pesquisas que estão sendo desenvolvidas e que impactam a produção do queijo artesanal no estado. Abre-se um debate sobre inovação de processos e de produtos. É fundamental que os técnicos tenham conhecimento sobre as novidades que estão sendo estudadas e que podem beneficiar a cadeia produtiva do queijo”, ressalta.

O gerente executivo técnico do Sistema Faemg Senar, Bruno Rocha de Melo, aprova a ação que beneficia diretamente o produtor de queijo artesanal no campo. “A intenção do evento é a discussão técnica focada no âmbito legal e normativo para entendermos a forma de atuação correta no campo. O técnico deve ter condições de orientar o produtor de forma adequada e conduzir o processo de regularização para que ele tenha acesso aos mercados”.

O diretor de Agroindústria e Cooperativismo da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) do Estado de Minas Gerais, Ranier Figueiredo Chaves, abordou a importância da concessão do Selo Arte para os queijos artesanais mineiros, pois este chancela a artesanalidade do produto e permite que o mesmo possa ser comercializado em todo o país. Atualmente, 218 queijos do estado já obtiveram o selo e podem ser vendidos em todo o território nacional. “O Selo Arte é uma novidade que busca corrigir um problema desde a década de 1950. Os produtos artesanais foram marginalizados, levando a um cenário de clandestinidade e desigualdade. A nova legislação está mudando esse cenário, permitindo que o queijo artesanal passe a ser reconhecido e ganhe maior visibilidade”, explica.

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O pesquisador e professor da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Júnio César de Paula, discursou sobre dois temas: o efeito da temperatura do leite na coagulação no Queijo Minas Artesanal do Campo das Vertentes e o aproveitamento do produto na elaboração de requeijão em barra. Em ambos, abordou os fatores que podem influenciar de forma positiva ou negativa no processo de fabricação do queijo, “Temos alguns problemas em relação à coagulação do leite. Quanto mais tempo demora para coagulá-lo, maior será a contaminação”, exemplifica.

Autocontrole

Os programas de autocontrole para as queijarias artesanais foram abordados pelo coordenador do Serviço de Inspeção Municipal (Cispar-MG), Pedro Rogério Pinheiro. Segundo ele, ainda há um desafio enorme para os pequenos produtores, já que muitos precisam de melhor estrutura de higienização. “O foco principal é mostrar que o autocontrole não é uma tarefa complicada. As pequenas agroindústrias têm particularidades que precisam ser discutidas com os órgãos reguladores. O pequeno produtor tem que fazer seu controle de qualidade, mas isso precisa ser revisto por meio de uma norma ou portaria que garanta mais facilidades para seu negócio”.

O auditor fiscal do Ministério da Agricultura e Pecuária Ângelo José de Oliveira encerrou o dia de palestras detalhando sobre a atuação do órgão fiscalizador para que as queijarias cumpram a legislação e os procedimentos das Boas Práticas de Fabricação (BPF).

Quem assistiu ao seminário procurou absorver ao máximo todos os conteúdos propostos. Foi o caso do veterinário Alexandre Lopes, coordenador do Serviço de Inspeção Municipal do Cónsorcio do Médio Piracicaba (Consmepi). “Esses seminários precisam ocorrer com mais frequência, porque é uma grande oportunidade de reunir técnicos, iniciativas privada e pública, e instituições de apoio para discutir os assuntos em pauta. O queijo artesanal de Minas é uma realidade, mas existem inconsistências nos regulamentos dos atos normativos. Mas, essas iniciativas ajudam a padronizar os entendimentos das normas”, certifica.

Assessoria de Imprensa Sebrae Minas

Roger Dias – (31) 99758-9476

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