Na semana em que Minas Gerais aguarda o anúncio do reconhecimento do ‘modo de fazer’ do Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade – concedido pela Unesco –, o Sebrae Minas e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado e Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), apresentaram nesta segunda-feira a a Rota do Queijo – Região do Serro aos empreendedores e lideranças na cidade do Jequitinhonha.
O destino nasceu com a missão de impulsionar o turismo de experiência associado à cadeia de valor envolvida com a produção do queijo. O território é reconhecido pela arquitetura, patrimônio cultural e por seus diversos atrativos naturais, como a paisagem da Cordilheira do Espinhaço.
Em todos os pontos dos receptivos, é possível degustar a iguaria harmonizada com frutas, quitandas, vinhos, espumantes, cervejas e principalmente: boa prosa. Na cidade de Conceição do Mato Dentro, Estela Mares deixou a aposentadoria para voltar ao campo e administrar a queijaria que leva o nome de sua mãe, ‘Dona Iaiá’, com quem aprendeu o ofício. “Aqui estamos na terceira geração e nosso queijo tem um sabor único. Muitas pessoas tem a curiosidade de saber como é o processo de produção e agora, com a Rota, terão essa oportunidade”, explica a produtora.
Já na fazenda Córrego Do Taboão, além de conhecer a fabricação, quem faz a rota pode visitar o Museu da fazenda, lugar em que cada peça conta histórias, ir até ao moinho d’água, contemplar o riacho e encerrar a experiência com uma degustação de queijos e quitandas servidas ao lado do fogão à lenha. “Cada detalhe é uma lembrança, mantemos a história viva. Quem chega aqui encontra legado, amor e cultura”, revela a proprietária Eunice Bicalho.
Segundo a analista do Sebrae Minas Kele Vespermann, a Rota do Queijo do Serro concilia esforços para valorizar o turismo, a tradição e a história dos produtores locais. “Inicialmente apoiamos os produtores para terem acesso ao mercado. Quando caminhamos para a criação da rota, capacitamos para receber os turistas e também para entenderem as características particulares do queijo, seus aromas e sabores”.
“A rota une cultura, patrimônio histórico e turismo, potências na geração de emprego e renda em Minas Gerais, e está sendo lançada em um momento muito especial. Nesta quarta-feira, em Assunção, no Paraguai, os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal têm tudo para serem reconhecidos pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Ao lançarmos a Rota Turística do Queijo do Serro, queremos mostrar também a cidade, os produtores, a experiência, a natureza, o ecoturismo”, pontua o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.
Queijo como atrativo turístico
A Rota do Queijo da Região do Serro é uma das prioridades de Minas Gerais, por meio da parceria entre a Secult e o Sebrae Minas. Fazem parte da região os municípios de Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas e Serro.
A estratégia busca potencializar a comercialização dos queijos por meio da experiência de visitação e imersão no universo da produção, envolvendo os visitantes com a história e a tradição do território e da sua associação aos atrativos turísticos existentes. O intuito é priorizar aspectos de localização geográfica e de capacidade de recepção pelas propriedades rurais.
O propósito da rota é que o queijo da Região do Serro se torne ainda mais conhecido, amplie a sua comercialização, alcance maior percepção de valor, resultando no aumento de receita para as propriedades rurais, comércios e negócios associados, como na gastronomia.
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Assessoria de Imprensa Sebrae Minas – Regional Jequitinhonha e Mucuri
Samuel Martins (Stark)