Os motivos pelos quais o cinema nacional não atinge o mesmo nível de popularidade e sucesso que a música brasileira e as produções digitais foram temas de painel no segundo dia da 9ª edição da MAX – Minas Gerais Audiovisual, um dos principais eventos do setor no Brasil, organizado pelo Sebrae Minas. Para refletir sobre o assunto foram convidados Dani Toloméi, CEO e fundadora da Transforma; MM Izidoro, estrategista narrativo e contador de histórias; Rita Moraes, CEO da LB Entertainment; e Bruno D’Angelo, CEO da WIP.
A apresentação ofereceu uma análise abrangente sobre as diferenças estruturais e culturais entre os setores, o papel do consumo e da distribuição de conteúdos, e o impacto das novas tecnologias e plataformas de streaming. Sobre o avanço e popularização do mercado musical, em relação ao audiovisual, os especialistas atribuem a facilidade de acesso e a distribuição de forma massiva.
Outro fator levantado é o contexto histórico. MM Izidoro refletiu que o mercado de produção visual está atravessando agora o cenário que a indústria da música atravessou há 25 anos. “Entramos no mercado digital recentemente. O processo de distribuição em massa dos nossos produtos está sendo criado agora. Exemplo disso são os streamings e as demais plataformas.”
Nesse processo de reconfiguração de mercado, o empreendedor deve ficar atento e aprender com os exemplos dados. “Estamos chegando em uma grande esquina, não sabemos o que tem do outro lado! O momento é de acharmos caminhos e a indústria da música já andou por ele,” aponta Bruno D’Angelo.
Conexão com os públicos
Segundo Dani Tolomé, a mudança de pensamento durante os processos de criação é urgente e necessária. Para a cineasta, o telespectador moderno escolhe o que vai assistir baseado em seus aspectos comportamentais e não mais sociais. “Exemplo disso são as fandon (comunidade de fãs). Precisamos trazer esse fenômeno para o audiovisual, destacando a transformação dos fãs: de consumidores a criadores (com seus próprios seguidores)\”, destaca.
A aposta e a valoração de conteúdos com diálogos regionais também foi defendida por Rita Moraes. “O futuro do cinema nacional é o nicho”, ressalta.
Sobre a MAX
Desde 2016, a MAX é considerada o maior evento de Minas Gerais e um dos eventos mais relevantes do Brasil com foco no mercado audiovisual. Seus pontos fortes são mediar os encontros entre produtores e exibidores, além de debates sobre o futuro do setor. É considerado o maior salão de negócios mineiro, inteiramente dedicado à promoção de agentes econômicos da indústria audiovisual.
A realização do evento pelo Sebrae Minas tem o objetivo de fomentar a indústria de produção de conteúdo para mídia e entretenimento, ampliar a geração de negócios do audiovisual e aumentar a competitividade dos empreendimentos, por meio de qualificação técnica. A curadoria da MAX é feita pela BRAVI – Brasil Audiovisual Independente, associação que reúne 670 empresas produtoras do país.
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