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Polo de Monte Sião aquece o segmento de malhas e tricô no Brasil e produz para marcas internacionais

Cidade contém mais de 1,5 mil empresas que produzem em torno de 3 milhões de peças por mês, gerando emprego e renda para a população
Por Roger Dias
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Localizada na divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo, Monte Sião não é conhecida como a “Capital Nacional do Tricô” por acaso. A cidade de pouco mais de 24 mil habitantes abriga hoje mais de 1,5 mil empresas do setor de malhas e tricô, que produzem em torno de 3 milhões de peças por mês. O volume expressivo coloca a cidade de entre os principais polos têxteis do país, o que movimenta a economia local e impulsiona também o fluxo de turistas e compradores de todo o Brasil.

Por causa da tradição, inovação e sensibilidade às mudanças do mercado, o polo de Monte Sião expandiu sua presença para além das fronteiras mineiras. As peças produzidas na cidade abastecem lojas em todo o Brasil e conquistam espaço no ambiente digital e na produção para grandes marcas.

O tricô chegou à cidade por volta das décadas de 1960 e 1970, quando os primeiros teares começaram a ser usados pelos moradores, que produziam peças de forma artesanal para complementar a renda da família. Inicialmente, as mercadorias eram vendidas em feiras e comércios locais, principalmente na própria região do Sul de Minas.

Entre tantos exemplos bem-sucedidos, o nome de Andrea Magioli é um dos destaques na cidade. Com mais de três décadas de atuação à frente da Zezé Tricot, a empresária se tornou referência no setor ao aliar qualidade artesanal à escala industrial.

Andrea Magioli (C) foi uma das pioneiras no trabalho com malhas e tricô em Monte Sião. Foto: Arquivo pessoal

“Minha família trabalhou com tricô a vida toda. Comecei com tricô manual aos cinco anos. Com 18, montei minha própria marca e fiquei muitos anos vendendo no centro de Monte Sião. Em seguida, montei minha própria fábrica e comecei a fazer private label (desenvolvimento de coleção para grifes). Vendo hoje para a Espanha, para Washington e Nova York, nos Estados Unidos”, afirma Andrea.

A saga de Andrea Magioli se tornou inspiração para outras empreendedores que também começaram desde cedo o gosto pela atividade. “Comecei a trabalhar com o tricô desde pequena. Minha mãe já possuía uma malharia, e eu, muito curiosa, já queria brincar. Com 17 anos, já abri minha marca e adquiri mais experiência ao longo do tempo. Aos poucos, comprei minhas primeiras máquinas e a expandir o negócio”, descreve a empresária Daniela Righeto, da marca Tricô e cia, que se capacitou ao longo dos anos com o apoio do Sebrae Minas. “Participei de todos os cursos ofertados. As capacitações eram focadas em nossos problemas no momento e surtiram efeito”, complementa.

Daniela Righeto participou de várias consultorias com o Sebrae Minas. Foto: Arquivo pessoal

Competitividade do polo

A atuação do Sebrae Minas tem sido estratégica nas consultorias aos empreendedores e na competitividade das marcas no mercado nacional. Os pequenos negócios locais passaram por capacitações em gestão, design e inovação de produtos e receberam apoio à formalização de negócios e participação em feiras e rodadas de negócios por todo o país.

“O polo de malhas e tricô em Monte Sião é reconhecido e valorizado em todo o país devido à tradição de décadas, autenticidade e inovação dos processos produtivos. Queremos tornar nossos negócios mais eficientes, sustentáveis e alinhados às tendências e à qualidade exigida pelo mercado da moda”, afirma o analista do Sebrae Minas Ivan Figueiredo.

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