ASN MG
Compartilhe

Pesquisa do Sebrae Minas revela baixo índice de confiança dos pequenos negócios

Apesar de o índice estar baixo, com tendência à estabilidade, a expectativa para os próximos três meses é positiva. Pesquisa foi realizada em janeiro de 2021
Por Karla Lamounier
ASN MG
Compartilhe
Pesquisa realizada pelo Sebrae Minas aponta que, em janeiro de 2021, a confiança dos empreendedores em relação aos negócios e à economia, em geral, estava baixa, conforme era de se esperar devido ao grave quadro de crise econômica e incertezas. O resultado é da pesquisa Índice Sebrae de Confiança dos Pequenos Negócios (ISCON), realizada mensalmente para identificar o nível de confiança dos microempreendedores individuais (MEI) e dos proprietários de micro e pequenas empresas (MPE). A série histórica do indicador teve início em novembro de 2020.
O ISCON é formado considerando a percepção dos entrevistados sobre a situação recente (últimos três meses) e a situação esperada (próximos três meses). Influenciam em seu resultado, principalmente, a opinião dos empreendedores para com a situação esperada. Os resultados de janeiro mostraram que o ISCON ficou em 105, o que revela um baixo nível de confiança, com tendência à estabilidade. De dezembro de 2020 a janeiro de 2021, houve queda do ISCON em 5 pontos, caindo de 110 para 105.
De acordo com o gerente da unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Felipe Brandão, a medida de confiança dos empresários de pequenos negócios é um importante instrumento para avaliação da conjuntura atual e dos seus sentimentos em relação aos desafios que virão pela frente. “O indicador mostra que ainda que o nível de confiança em relação à situação atual tenha diminuído especialmente pelas dificuldades causadas pela pandemia e a frustração com os resultados de fim de ano, as expectativas para o futuro são positivas sinalizando o otimismo do empreendedor mineiro que sempre busca alternativas mesmo quando o cenário se mostra desfavorável”, comenta.
 
Resultados
A pesquisa revelou que o Índice de Situação Recente (ISR) está em 73, indicando que as condições para os negócios têm piorado nos últimos três meses para os empreendedores. Já o Índice de Situação Esperada (ISE) está em 121, indicando que as expectativas são de melhoria para os próximos três meses.
Outro dado que chama atenção é que a construção civil é o setor mais confiante (ISCON 121), seguido pela indústria (ISCON 108), pelo comércio (ISCON 107) e, por último, pelo setor de serviços (ISCON 99). Em relação ao porte do negócio, os microempreendedores individuais (MEI) são menos confiantes (ISCON 100) do que as microempresas (ISCON 110) e empresas de pequeno porte (ISCON 116).
“No caso do MEI, uma possível explicação para esse baixo nível de confiança é o fim do auxílio emergencial. Segundo pesquisa do Sebrae Minas, cerca de metade dos MEI estavam usufruindo dessa renda extra e 65% acreditavam que haveria um impacto negativo em suas vendas caso ela deixasse de existir”, explica Felipe.
Além disso, no comparativo entre as regiões do estado, o nível de confiança é menor em locais onde os efeitos da pandemia foram mais visíveis e as medidas de restrição da atividade econômica mais rigorosas, como é o caso da Zona da Mata e regional Centro. “A disponibilização dessas informações pode ajudar no planejamento de políticas públicas e no diálogo entre todas as entidades comprometidas com o Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais”, aponta Felipe.
 
ISCON – Índice de Confiança dos Pequenos Negócios
Acompanhar a evolução da confiança dos pequenos negócios é importante porque ela diz muito sobre o que se esperar da economia no futuro próximo. “Quando os empresários estão confiantes e acreditam que a economia tende a crescer, acabam investindo mais em seus negócios, contratando novos empregados, comprando ou alugando novas instalações, máquinas, insumos etc. Esse movimento gera renda, com geração de emprego e vendas de produtos”, destaca Felipe.
Foram entrevistados 2.765 microempreendedores individuais (MEI) e representantes de micro e pequenas empresas (MPE) de Minas Gerais entre os dias 1º e 15 de janeiro.
 
Análise do Índice
Um índice de Confiança (ISCON) maior que 100 indica tendência de expansão da atividade; igual a 100, tendência de estabilidade da atividade; e, menor que 100, de retração da atividade.  O mesmo vale para o Índice de Situação Recente (ISR) e Índice de Situação Esperada (ISE).
 
ISCON
Novembro/2020 – 108
Dezembro/2020 – 110
Janeiro/2021 – 105
 
Índice da Situação Recente (ISR)
Novembro/2020 – 79
Dezembro/2020 – 82
Janeiro/2021 – 73
 
Índice da Situação Esperada (ISE)
Novembro/2020 – 122
Dezembro/2020 – 124
Janeiro/2021 – 121
 
Assessoria de Imprensa Sebrae Minas
(31) 3379-9139 / 9271 / 9275