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A epidemia do coronavírus (Covid-19) tem afetado a economia mundial, principalmente os pequenos negócios. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae Minas com 500 empresas do estado, 89% das Micro e Pequenas Empresas (MPE) estão sendo negativamente afetadas pela crise do novo coronavírus no estado.
Um dos problemas que as MPE têm enfrentado é de como lidar com a diminuição ou com a ausência total de clientes, que reduz substancialmente o faturamento, condição comum em praticamente todo o mundo, devido à determinação das autoridades de saúde para se conter a proliferação do vírus.
Por não poderem manter suas atividades normais durante a pandemia, várias empresas têm sofrido de forma direta, e muitos empresários estão tentando, a todo custo, lidar com esta situação. Mesmo em um cenário de dificuldades e incertezas, pequenos negócios da Zona da Mata estão se reinventando para conseguirem se manter no mercado.
A empresa de desenvolvimento de software para o varejo e fornecimento de equipamentos e serviços para automação comercial Oriontec, de Viçosa, aderiu às medidas do Governo Federal para ajudar as pequenas e médias empresas neste período. Com o setor de vendas completamente fechado na cidade desde 23 de março, o empresário Euter Barbosa de Souza teve que fazer uma série de mudanças no seu negócio.
“Os clientes de bares e restaurantes não pagaram a mensalidade do sistema. Para os demais clientes, enviamos várias solicitações de prorrogação dos boletos, descontos em contratos, entre outras medidas. Dos 55 colaboradores da Oriontec, somente cinco estão trabalhando na empresa. Os funcionários dos setores de suporte e de desenvolvimento estão em home office e outros vários colaboradores estão de férias ou em casa”, destaca Euter. Como medida preventiva, a empresa também cortou custos, suspendeu alguns contratos e renegociou com fornecedores.
Segundo o empresário, a principal medida tomada pela Oriontec para manter o negócio foi o investimento em uma parceria para desenvolver um e-commerce integrado com o software da empresa, focado nas crescentes demandas. “Em 15 dias, colocamos o site no ar e já estamos implantando a mesma ideia em vários clientes. Isso gerou uma nova receita recorrente para nós. Um exemplo de e-commerce que já está funcionando é o do Supermercado Amantino, de Viçosa.
Quem também teve que se reinventar nesta crise foi o empresário Rafael Cerqueira Barino, da Excellent Global Idiomas, de Juiz de Fora. A escola teve uma redução de 30% no número de alunos, devido à pandemia. Como solução, implantou uma plataforma online para aulas e atendimentos e está utilizando muito os meios digitais. Instagram e Facebook têm sido as principais ferramentas de marketing digital adotadas pela escola.
“Com um tempo um pouco maior, nós mesmos estamos buscando recursos gratuitos, como cursos e informações, para aprendermos mais sobre as ferramentas digitais de divulgação. Eu tenho feito o delivery da empresa, com entregas de material, recebimento de mensalidades e contratos de novos alunos”, diz Rafael.
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