Com mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, o especialista em marketing digital Paulo Cuenca finalizou com chave de ouro o E-Festival 2024, no Minascentro. Foram dois dias de atividades diversas, que contou, no total, com a presença de 1,5 mil pessoas, mais de 30 palestrantes e 20 horas de conteúdo.
Última atração a entrar no Palco Empreender, Paulo Cuenca tinha o sonho de ser diplomata e, por isso, começou a cursar Direito na PUC-SP. Após dois anos de estudos, entendeu que a diplomacia não era o seu caminho e migrou para o curso de Cinema na FAAP.
Nos bastidores do E-Festival, Cuenca conversou com a Agência Sebrae de Notícias (ASN-MG) sobre a transformação provocada pelo marketing digital.
ASN-MG: Sua trajetória no mundo do empreendedorismo tem várias curiosidades, como ter aberto uma loja da Havaianas, criado um canal no Youtube sobre confeitaria e lançado um podcast sobre criação de conteúdo. Quais os maiores desafios enfrentados nessas jornadas?
Paulo Cuenca: Como a minha especialidade é atrair público, meu maior desafio é continuar realizando uma boa entrega e também uma boa gestão. O maior desafio não é o que está à frente da câmera, é o que está no bastidor.
ASN-MG: Como surgiu sua relação com o marketing digital e qual foi o primeiro passo para empreender nessa área e chegar ao sucesso?
P.C: Foi pela vontade de me expressar sem ter um intermediador. Comecei a trabalhar com comunicação pela minha formação, mas em 2011 percebi que havia espaço para o marketing digital. Enxerguei uma possibilidade de ser independente, pois o Youtube estava começando.
Nesse contexto também surgiu a necessidade de pensar como melhorar a estratégia, como atrair pessoas e como otimizar as conversões. Foi algo que tive que aprender diariamente, não tinham livros para ensinar e dar o caminho de como fazer essa abordagem. Junto com alguns pioneiros, fomos criando esses processos.
ASN-MG: Quais as principais transformações da área nos últimos anos?
P.C.: A principal modificação foi o tempo de atenção, que está menor. Hoje os ritmos estão mais frenéticos, a comunicação continua a mesma, mas está comprimida em um tempo menor.
ASN-MG: Existe alguma saída para que os empreendedores possam seguir sua jornada, caso não tenham orçamento para investir em cursos e treinamentos?
P.C.: O mais difícil para qualquer empresa é conquistar clientes. Quando comecei a empreender, em 2006, eu tinha que pagar milhares de reais para aparecer para quem não me conhecia. Hoje as pessoas esquecem que tem o milagre nas mãos, já que o canal de distribuição é gratuito. Basta ter paciência e audiência.
ASN-MG: Como o marketing digital pode aumentar o faturamento das empresas?
P.C.: O marketing digital é uma ferramenta para você fazer sua marca ser conhecida. Ele democratizou o funil: engajamento, retenção e conversão em vendas.
ASN-MG: O relacionamento das marcas com seus públicos de forma geral mudou com a consolidação das redes sociais. Como podemos explicar melhor o que se alterou?
P.C.: Claro. O que explica é que as marcas estão sensíveis. Antes você tinha que ligar ou enviar um e-mail para ter acesso, agora é o @ da marca. Se a marca não responde fica feio. Agora estamos forçados a comunicar.
ASN-MG: Tem uma dica rápida para quem está iniciando no mercado digital?
P.C.: Faça conteúdo, pois você já está atrasado (risos).
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