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O papel transformador da educação empreendedora na formação de educadores

Artigo de Fabiana Pinho, gerente de Educação Empreendedora do Sebrae Minas
Por Redação
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Em um país tão diverso e com desafios complexos como o Brasil, falar de educação empreendedora é falar de transformação — de trajetórias pessoais, de territórios e de realidades sociais. Muito além de ensinar a abrir um negócio, ela é uma ferramenta poderosa para desenvolver atitudes, habilidades e valores que formam cidadãos mais autônomos, criativos e protagonistas de suas próprias histórias.

No entanto, o impacto da educação empreendedora não se limita aos estudantes. Ela começa com o educador. É o professor quem tem o papel de inspirar, provocar e despertar o potencial de cada aluno. Por isso, investir na formação empreendedora dos educadores é fundamental para que a transformação alcance, de fato, as salas de aula e reverbere nas comunidades.

Quando o educador é estimulado a pensar de forma inovadora, a testar novas metodologias e a enxergar o erro como parte do processo de aprendizagem, ele se torna um agente de mudança. De transmissor de conhecimento, passa a ser facilitador de experiências, promovendo o protagonismo estudantil e um ambiente de aprendizagem mais colaborativo. Essa mudança de mentalidade é o principal pilar da educação empreendedora.

Desenvolver competências empreendedoras como pensamento crítico, resolução de problemas, criatividade e trabalho em equipe torna o educador mais preparado para enfrentar os desafios da educação do século XXI. E quando ele leva essa postura para o cotidiano escolar, cria-se um ecossistema fértil para a inovação — um espaço onde os estudantes têm liberdade e autonomia para criar e realizar.

No Sebrae Minas, acreditamos profundamente nesse propósito. Há décadas, investimos na formação de educadores por meio de iniciativas que disseminam a cultura empreendedora nas instituições de ensino. Com o Programa Nacional de Educação Empreendedora (PNEE), capacitamos educadores para disseminarem a metodologia nas salas de aula e levarem conteúdos de empreendedorismo para os diferentes níveis de educação, da básica à superior. Apenas em 2024, foram mais de 65 mil educadores capacitados e mais de 627 mil estudantes impactados, em mais de 800 municípios do estado.

Fabiana Pinho, gerente de Educação Empreendedora do Sebrae Minas.
Fabiana Pinho, gerente de Educação Empreendedora do Sebrae Minas.

Outro destaque é o programa ALI Educação Empreendedora, que tem impulsionado a cultura da inovação dentro das escolas. Por meio do trabalho de um Agente Local de Inovação, os educadores recebem apoio para diagnosticar desafios, desenvolver soluções e criar projetos junto aos estudantes, que transformem não apenas o ambiente escolar, mas também a comunidade em que estão inseridos. Em 2025, educadores de 485 instituições de ensino já foram impactados pela iniciativa.

Essas e outras iniciativas reforçam o propósito do Sebrae em disseminar a cultura empreendedora e capacitar educadores e estudantes para enfrentarem os desafios de um mundo em constante transformação. Um compromisso que vai além da capacitação técnica: trata-se de fomentar uma mudança cultural, que coloca a criatividade, a iniciativa e o protagonismo no centro do processo educativo. Formar educadores com mentalidade empreendedora é apostar em um futuro em que as escolas serão espaços vivos de inovação, cooperação e impacto social.

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