O empresário Ronaldo Silva, natural de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, viveu nos Estados Unidos entre 1996 e 1999. Como milhares de brasileiros, ele emigrou em busca de sucesso e prosperidade, mas, curiosamente, foi em terras brasileiras que ele conseguiu alcançar esses objetivos. A vontade de empreender motivou Ronaldo a criar uma fábrica de embalagens na cidade de Governador Valadares, em 1999. Atualmente, a Nonaplastic Embalagens é a maior indústria do segmento do leste de Minas Gerais.
A Nonaplastic Embalagens começou com três pessoas – Ronaldo, a esposa e uma funcionária –, fabricando saquinhos de geladinho em uma garagem de 95 metros quadrados. Agora, a empresa conta com 62 colaboradores diretos, ocupa uma área de 4 mil metros quadrados no Distrito Industrial da cidade e produz embalagens para alimentos como feijão, açúcar, café, biscoitos, balas, sorvetes, entre outros. “Nossos produtos podem ser encontrados em gôndolas de supermercados de todo o país”, ressalta Ronaldo.
Nos EUA, ele trabalhou em uma loja, primeiro fazendo a limpeza e lavando os pratos e, depois, como gerente do negócio. E diz que essa vivência foi essencial para o empreendimento no Brasil. “É importante salientar que quem vai para outro país com uma meta, com foco no trabalho e vontade de aprender, tende a ter sucesso quando retorna”.
Ainda assim, Ronaldo frisa a necessidade de muita dedicação e busca constante por conhecimento. De acordo com ele, foi a partir do momento em que buscou apoio do Sebrae Minas que seu negócio deslanchou. “Em 2005, procurei o Sebrae e acredito que tenha sido o melhor dia da minha vida como empresário. Parece que eu tirei uma venda dos olhos. A consultoria me mostrou como melhorar a gestão da empresa, organizar os processos de produção, remodelar a marca, acessar créditos. Com isso, a demanda aumentou, novos clientes apareceram e o negócio cresceu”. Para este ano, a projeção de faturamento da empresa gira em torno de R$ 20 milhões.
Oportunidade para imigrantes
Como forma de retribuir a receptividade e a oportunidade que teve quando morou nos Estados Unidos, Ronaldo e sua filha Mariana, de 20 anos, estão elaborando um projeto de acolhida para imigrantes sul-americanos. A ideia é montar uma casa com cinco vagas e oferecer trabalho na linha de produção da fábrica.
Segundo ele, os imigrantes terão todo os direitos e benefícios, assim como seus funcionários. Salário digno, cesta básica e planos de saúde, odontológico e farmácia. “Nossa intenção é que eles possam viver bem no Brasil, aprender um oficio e, quem sabe, fazer como nós: juntar um dinheiro e voltar para o seu país natal, empreender e gerar renda”. A expectativa é que o projeto comece em janeiro de 2022.
Orientação para migrantes e refugiados
Para orientar empreendedores migrantes – imigrantes e brasileiros retornados – e refugiados, como Ronaldo Silva, o Sebrae lançou a página Migrantes e Refugiados em Minas. No ambiente virtual são oferecidos informações e materiais de orientação e capacitação empresarial do Sebrae Minas e de instituições parceiras. O objetivo é apoiar a jornada empreendedora dos estrangeiros, que chegam ou retornam para Minas Gerais em busca de oportunidades e melhores condições de vida.
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