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MAX apresenta a diversidade do streaming nacional e discute sobre os desafios do mercado audiovisual

Capacitações on-line e gratuitas oferecidas durante o evento terminam nesta quinta-feira (9/12)
Por Redação
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Em um tempo não muito distante, a cultura e o entretenimento eram distribuídos de formas diferentes das quais conhecemos hoje em dia. Para ouvir música, só era possível por meio de rádio, fita cassete ou CD. Já para assistir um filme, só se fosse pela televisão ou indo até uma locadora de filmes VHS ou ao cinema.

De dez anos pra cá, o audiovisual avançou significativamente com a chegada do streaming – tecnologia de transmissão de dados pela internet. A novidade trouxe outro conceito, o chamado OTT – sigla do termo inglês Over The Top, que significa ‘acima do topo’ e que diz respeito às plataformas de distribuição de conteúdo pela internet, nas quais o usuário assiste sob demanda.

Para debater o crescimento desse mercado, especialmente no Brasil, seis representantes de plataformas nacionais participaram do painel “OTT’s nacionais: expansão de mercado e curadoria”. A discussão foi realizada durante a MAX – Minas Gerais Audiovisual Expo 2021, evento promovido pelo Sebrae Minas.

O painel foi aberto pela mediadora Paula Gomes, do Olhar Play – Sala Maniva, que apresentou dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine), de que o streaming representava 20% do mercado audiovisual, em 2018. “O Brasil é o segundo mercado mundial de streaming. Hoje, o ambiente digital conta com cerca de 120 milhões de pessoas conectadas. Mas, ainda existe um mercado de aproximadamente 90 milhões de pessoas que ainda não utilizam esses serviços,” destacou a mediadora do debate. 

A roda de conversa continuou com Kety Fernandes Nassar, do Itaú Cultural Play, que está com uma plataforma de streaming há seis meses no ar, com mais de 220 conteúdos disponíveis e outros 200 que serão lançados no próximo ano. “Nossa plataforma é voltada exclusivamente para conteúdo brasileiro, com todos os estados representados na curadoria, além de contar com a diversidade, que é uma prioridade para nós, como cinema indígena e quilombola. Outro ponto importante é que não trabalhamos com exclusividade. Acreditamos que quanto maior for o acesso do público, melhor para a produção e para o cinema”, explicou Kety.

Daniel Jaber, da Cardume, contou os principais motivos que o levaram a criar uma plataforma de curtas metragens. “Eu não entendia porque não conseguia assistir curtas, depois dos festivais.  O país tem uma produção muito grande, que não é absorvida, então pensei: ‘e se existisse um Netflix de curtas?’ Assim surgiu a Cardume, em 2019, com o objetivo de fomentar e facilitar o acesso a esse tipo de conteúdo e promover o intercâmbio com produtores de audiovisual de todo o Brasil,” contou Daniel.

Danilo Agrella, da Play Kids, falou da plataforma voltada para o público infantil, principalmente, pré-escolar, com foco no Brasil, mas também disponível no mercado latino, norte americano e em cerca de 150 países. “O objetivo da Play Kids é trazer conteúdos que complementam temas educacionais, como vídeos, jogos e livros que vão ajudar no desenvolvimento das crianças,” comentou.

Juliana Brito, diretora executiva da Belas Artes Grupo – Pandora Filmes, uma das primeiras produtoras independentes do país, também participou do debate. “Nosso streaming surgiu de uma insatisfação para encontrar determinados tipos de filmes e pela vontade de resgatar conteúdos de outros países, que dificilmente chegariam ao Brasil.  Nosso modelo de negócios é por assinatura e com preço acessível. São mais de 500 títulos, pelo menos cinco estreias por semana, com uma nacional. Tentamos trazer filmes de outras culturas e diversificar nossas opções”, afirmou Juliana.

Priscila Rosário, da Filme Filme, contou que a plataforma também surgiu a partir de uma necessidade do público e do idealizador do canal. “Ele tinha dificuldades para encontrar filmes estrangeiros, de países como Angola, Senegal, Nigéria e Paraguai. Hoje, temos um modelo quase parecido com o de uma sala de cinema convencional. Oferecemos três salas on-line: curtas, documentários e exibições. Por isso, o nosso slogan é ‘passe mais tempo assistindo do que procurando’. A assinatura da plataforma também é acessível, com o custo de R$ 6,00 por mês, além da opção gratuita”, explica.

Durante o painel, ainda foram discutidos assuntos como: pré-estreia, o trabalho de curadoria, além dos desafios enfrentados pelas pequenas empresas do segmento e a regulamentação do serviço de streaming.  

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