As severas restrições geradas pela pandemia do novo coronavírus está transformando a maneira como as pessoas se relacionam e afetando diretamente os pequenos negócios. Para conseguir manter suas empresas funcionando, empreendedores de micro e pequenas empresas buscam novas estratégias para superar a crise.
Um levantamento feito pelo Sebrae mostra que 34,5% dos pequenos negócios em Minas Gerais continuam em funcionamento, porém tiveram que se adequar à nova realidade de mercado e às necessidades de consumo. É o caso da microempreendedora Eremita Moreira Dantas, dona do Ateliê Espaço Branco, na cidade de Patos de Minas. Especializada na confecção de jalecos, Eremita teve de mudar o foco e passou a produzir máscaras, muito procuradas para a prevenção da covid-19.
“Logo quando apareceram os primeiros casos de coronavírus na cidade, alguns clientes me procuraram perguntando se eu tinha máscaras de proteção para vender. Como eu tenho um estoque razoável de matéria prima e a demanda por esses produtos está alta, passei a produzir máscaras e tocas 100% algodão”. Segundo ela, o faturamento ainda não é o mesmo de antes da crise, no entanto o momento é de se adequar à nova realidade. “Todo mundo tem que fazer de um limão uma limonada. Como estamos vivendo uma crise grave, temos que nos adaptar para vencermos este período”.
Projeto antecipado
A empreendedora Edivania dos Reis Azevedo também foi pega de surpresa com a crise. Dona de uma papelaria em Patos de Minas, ela se viu obrigada a fechar as portas do comércio e focar em vendas pela internet e por telefone, de sua própria casa. Durante 19 anos, Edivania foi proprietária de uma papelaria na cidade de Unaí, no Noroeste do estado. Em dezembro do ano passado, ela decidiu se mudar para Patos de Minas e abrir uma nova papelaria.
Segundo ela, a ideia era investir na loja física durante um ano e meio e depois focar somente em vendas online. “Com a crise provocada pela pandemia, o meu projeto teve de ser antecipado. Logo no mês de março, com o decreto municipal para o fechamento do comércio, já entreguei o ponto e demiti minha única funcionária, pois eu não teria condições de manter os pagamentos em dia”, conta.
Diante desse desafio, Edivania levou toda a mercadoria para casa e passou a oferecer seus produtos pela internet e por telefone. “Como fiz um bom investimento em mercadorias, não posso ter outros custos neste momento, pois ainda preciso pagar os fornecedores. Com isso, tenho focado em oferecer produtos e serviços por WhatsApp, para os meus clientes cadastrados. Faço ainda divulgação nas redes sociais e também na minha vizinhança”.
Mesmo com toda dificuldade, a empreendedora acredita que o projeto de vendas online vai dar certo. Segundo ela, o apoio do Sebrae Minas tem ajudado bastante na tomada de decisões. “É um desafio muito grande. Quando iniciou esta pandemia, pensei em largar tudo, mas uma videoconferência que assisti do Sebrae me motivou a continuar com o empreendimento. Creio que fazendo as coisas certas, meu projeto de ter uma papelaria digital pode se tornar realidade”.
Tomada de decisão
Em plena pandemia, Ivana Dornellas, proprietária da Bate Coração Floricultura decidiu dar nova direção ao seu negócio de flores, decoração e presentes. Dona de duas lojas, ela conta que resolveu fechar a matriz de sua floricultura na cidade de João Pinheiro e focar exclusivamente na filial em Paracatu. “Com a quarentena, fiz um levantamento dos últimos seis meses e percebi que a loja de Paracatu dava um retorno bem maior do que a loja de João Pinheiro. Assim decidi fechá-la e levar todos os produtos e móveis para a filial”.
Ivana, que é participante do programa Líder Coach do Sebrae, explica que teve que tomar decisões rápidas para reduzir custos. Assim, ela dispensou seus funcionários, criou processo de gestão mais eficiente, fez campanha nas redes sociais e diversificou seus produtos com flores e artigos de presente e decoração. “Para fazer o investimento necessário, vendi um carro, realizei todos os acertos, quitei aluguel e tive condições de reformar a loja, que agora tem acessibilidade para cadeirantes. Além disso, comprei uma câmara fria para as flores. Enfim, consegui inovar em meio à crise”, destaca a empreendedora.
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