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Em BH, mãe encontra no brechó oportunidade para voltar ao mercado de trabalho

Agenda de capacitações do projeto Moda Brechó, oferecidas pelo Sebrae Minas, tem início no dia 15 de maio
Por Redação
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Sete em cada dez mães empreendedoras de Minas Gerais abriram a empresa após terem filhos. E para 63% das mulheres, a maternidade influenciou na decisão de empreender, principalmente, em função da busca por autonomia e flexibilidade de horários (67%), além da necessidade de aumentar a renda familiar (63%). Os dados são da Pesquisa Maternidade e Paternidade no Empreendedorismo, realizada pelo Sebrae Minas.

A empresária Michelle Duarte, dona da Boutique Brechó e da franquia Joaninha – unidade Alípio de Melo – é um bom exemplo. Após se divorciar e com quatro filhos, precisava voltar para o mercado de trabalho. “A maioria das empresas fecha as portas para mulheres que têm muitos filhos e, naquele momento, ainda estava com uma filha de um ano e meio. Pensei em empreender, mas não podia ser longe de onde morava, e o brechó foi a saída. Hoje, a loja fica na esquina da minha casa com dois espaços”, celebra a empreendedora.

Após 20 anos trabalhando em shopping, ela tinha peças de sobra em seu guarda-roupa e 300 pares de sapato. Resolveu, então, fazer dinheiro com a “loja” que tinha dentro de casa. “O divórcio torna algumas situações difíceis. Queria manter o padrão de vida dos meus filhos. E hoje, eles são a minha inspiração. Chego em casa e eles perguntam: ‘E aí, mamãe! A loja vendeu bem?’. Eles torcem por mim, e isso é um presente”, conta.

A ideia de trocar peças surgiu também, segundo Michelle, para incentivar as mulheres a olharem para elas. “Quando se tornam mães, elas deixam de se cuidar. Eu tive essa fase e, hoje, sou muito grata porque quero me sentir bem, andar bonita, bem vestida, independente de ser mãe ou não”, finaliza.

O valor da capacitação

Muitas pessoas começam a atuar no mercado de brechó como hobby, por gostar de moda e de garimpar peças. Mas a atividade como negócio está em crescimento, e Minas Gerais já concentra cerca de três mil brechós. Um levantamento do Sebrae Minas, com base em dados da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg), mostra que nos últimos três anos foram quase dois mil pequenos negócios do comércio varejista de usados abertos em todo o estado. Em Belo Horizonte, são em torno de 600 estabelecimentos, e destas, 400 empresas de pequeno porte iniciaram suas atividades no período.

“Muitos, começam dentro de casa. As pessoas montam um brechó e não entendem que é uma empresa. Eu participei do Viver de Brechó, no ano passado e, mesmo com seis anos de mercado, aprendi e aprendo muito. Então, comecei a ajudar as participantes além de promover eventos para divulgá-las”, reforça a empreendedora Michelle Duarte.

O Viver de Brechó, hoje, se transformou no Moda Brechó, uma iniciativa do Sebrae Minas que, desde 2022, oferece capacitações em gestão, finanças e marketing e incentivo à formalização. Além disso, os donos e donas de brechós têm acesso às estratégias de relacionamento com o cliente, marketing digital e técnicas de vendas.

A analista do Sebrae Minas Michelle Chalub esclarece que as ações, realizadas de 15 de maio a 4 de setembro, buscam incentivar a economia circular, a moda consciente e a sustentabilidade. “Se os brechós já foram vistos como sinônimo de peças desgastadas e fora de moda, hoje, eles estão em alta e são tendência contemporânea e sustentável. A iniciativa do Sebrae Minas vai orientar na melhoria da gestão, e a impulsionar os negócios desse segmento”, ressalta.

Confira as capacitações do Moda Brechó 2023 no site da Loja do Sebrae.

Capacitações – Moda Brechó

De 15 de maio a 4 de setembro, das 9h30 às 11h

Atividades On-line e presenciais

Mais informações e inscrições: loja.sebraemg.com.br/?c=@&campaing_slug=moda-brecho

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