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A sede do Sebrae Minas, em Belo Horizonte, se tornou um verdadeiro centro de conhecimento e troca de experiências nesta quinta-feira, dia 26. A 7ª edição do ConheCER, evento promovido pelo CER Polo Sebrae de Educação Empreendedora, reuniu mais de 550 educadores e gestores públicos para discutir o cenário da educação no país. Com o tema “Educação Empreendedora está em nosso DNA”, a proposta é reafirmar a relevância do papel do educador como agente de transformação.
A abertura foi realizada pelo presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, que destacou o ConheCER como uma oportunidade única para celebrar, discutir e avançar na disseminação da cultura empreendedora nas escolas e na vida dos educadores e estudantes de todo o Brasil.
“Ao longo da última década, a educação empreendedora deixou de ser um conceito distante para se tornar um dos pilares centrais da educação contemporânea. Mais do que transmitir conhecimento, os professores inspiram, desafiam e empoderam seus alunos, ajudando-os a desenvolverem atitudes empreendedoras, cruciais para o sucesso em qualquer área da vida”, destaca.
O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Nacional, José Zeferino Pedrozo, também marcou presença na abertura do evento. “Esse seminário olha para o futuro e explora novos métodos de educação empreendedora, com objetivo de inovar e mudar o ensino e a aprendizagem. É muito importante produzir conhecimento e torná-lo acessível a quem mais precisa”, pontua.
A iniciativa visa trazer uma proposta inovadora e contemporânea para o cenário da educação. Durante todo o dia, foram realizados talks, palestras e painéis, com a presença de renomados palestrantes nacionais e internacionais.
O primeiro painel foi “Educação Empreendedora está no nosso DNA”, com o diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, e o diretor técnico do Sebrae Minas, Douglas Cabido, com mediação da gerente de educação empreendedora do Sebrae Minas, Fabiana Pinho. No bate papo, o público conheceu os projetos e os impactos do trabalho de educação empreendedora do Sebrae, bem como a importância de ressignificar, requalificar e reposicionar a educação no país, e a necessidade de os educadores e os estudantes se conectarem e se formarem em diferentes frentes para promover o futuro.
Luana Alves é professora do Ensino Fundamental, na Escola Municipal Monsenhor Mário do Carmo Benassi, em Teresópolis, no Rio de Janeiro, e esteve no evento. Ela foi uma das ganhadoras da 2ª edição do Prêmio Educador Transformador, na categoria “Ensino Fundamental – Anos iniciais”. A educadora frisou que o papel do professor é despertar sonhos nos alunos e mostrar que eles são capazes, independentemente da realidade em que estão. “É importante que eles se sintam protagonistas de suas histórias e consigam mobilizar outras pessoas através do conhecimento que terão ao longo da trajetória estudantil. Uma certeza é que podemos transformar a sociedade por meio da educação”, pontua.
A professora Daniele Bassanesi, da Escola Estadual Antônio Fernandes, da cidade de Naviraí, Mato Grosso do Sul, também veio prestigiar o ConheCER. Ela foi outra ganhadora do Prêmio Educador Transformador, na categoria Ensino Médio. “A gente precisa empreender também em sala de aula, fazer com que as nossas práticas realmente atinjam os estudantes de forma efetiva”, diz.
Conexões Humanas em Tempos Digitais
Na palestra “Conexões Humanas em Tempos Digitais”, a atriz Denise Fraga abordou a importância das relações interpessoais na era da tecnologia, destacando como a comunicação facilita as interações, mas também pode levar à perda de conexões e relações pessoais. De forma irreverente e leve, ela mencionou os desafios que surgem com a digitalização. “Para fortalecer as conexões, é necessário valorizar o contato humano, praticar a empatia e a escuta ativa, além de incentivar encontros presenciais sempre que possível e usar as redes sociais de maneira consciente”.
Formação dos Jovens
A professora e influenciadora digital Ana Lívia (@vocesodaaula) e a professora Janiglécia Tavares (@cinejericollywood) conduziram o talk “O impacto da educação empreendedora na formação dos jovens”. Elas contaram suas experiências e os principais desafios em sala de aula e destacaram como inovaram na forma de ensinar para atrair e incluir os alunos, principalmente os que estão em situação de vulnerabilidade social. “Quero levar para a sala de aula projetos que os alunos sonham, para que eles se sintam protagonistas de suas histórias. A educação empreendedora é um modo de fazê-los acreditar”, destaca Janiglécia Tavares.
Ana Lívia enfatizou que, por meio da educação empreendedora, é possível transformar a realidade ao redor. “Empreender na escola tem muitos desafios, mas abre um leque de oportunidades”.
Inteligência Artificial na Educação
O professor da PUC-SP, colunista do UOL e Red Team na OpenAI, Diogo Cortiz, destacou como a inteligência artificial (IA) pode auxiliar os educadores em sala de aula, impulsionar novos negócios e conectar pessoas e conteúdo. “A IA é um caminho sem volta na educação. É uma oportunidade de personalizar o ensino, de ajudar os alunos no processo de estudo. Ela não vai substituir o professor, mas, sim, auxiliar na aprendizagem. As instituições de ensino vão precisar estabelecer uma política de uso para a IA”, aponta.
Empreendedorismo Juvenil
A palestrante internacional Thaís Rezende, presidente e CEO da Build, veio direto de Seattle/EUA, para falar sobre o tema “Capacitando Futuros: O Impacto Transformador dos Programas de Empreendedorismo Juvenil”. Ela iniciou sua apresentação contando sua trajetória na educação empreendedora e reforçou a importância de criar pessoas que sabem resolver problemas e que pensem de forma inovadora.
“Quanto antes iniciarmos o empreendedorismo, maior o impacto na vida de cada um e da sociedade. A educação empreendedora aproxima o aluno, traz um propósito, tem o poder de mudar a vida de uma pessoa, de uma escola, de um estado, de um país. Os alunos são as pessoas que vão criar os pequenos negócios no futuro e, por isso, precisamos investir e garantir que eles tenham acesso à educação empreendedora de qualidade”, finaliza.
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