Pesquisa do Sebrae aponta que 34,5% dos pequenos negócios mineiros continuam em funcionamento, mas tiveram que se adequar à nova realidade de mercado e às necessidades de consumo geradas pela crise econômica, provocada pelo novo coronavírus. O estudo foi realizado entre os dais 6 e 7 de abril, com 501 empreendimentos mineiros dos setores de indústria, comércio, serviços e agropecuária.
Dos empreendimentos mineiros que estão em atividade, 44% estão funcionando em horário reduzido, como forma de diminuir custos. Para 39% dos entrevistados, a estratégia foi apostar nos serviços de entrega em domicílio e/ou nas vendas online.
Uma empresa juiz-forana que tem buscado soluções para se adaptar ao momento é a clínica de saúde e esporte ProSport. Com o início da pandemia, a clínica ficou fechada completamente por quatro semanas e há três retomou parcialmente os atendimentos, com poucos profissionais, priorizando casos mais urgentes.
“O total de atendimentos de agora representa cerca de 15% do que tínhamos no ‘pré-covid’. Alguns serviços que envolvem mais aproximação com os pacientes e atividades coletivas ainda não foram retomados. Para maio, prevemos a ampliação dos atendimentos, atingindo cerca de 35% a 50% do que realizávamos antes da pandemia”, destaca o diretor Comercial e de Marketing da clínica, Samuel Lopes Mendes.
Segundo o gerente da Regional Zona da Mate e Vertentes do Sebrae Minas, João Roberto Marques Lobo, na maior parte dos segmentos econômicos a queda do faturamento é uma realidade. Ele destaca que além do isolamento social, o consumidor está tomando decisões de compra de uma maneira diferente do que fazia antes.
“Para que as empresas consigam passar por este momento sem grande queda de faturamento e até com condições de ampliar os negócios no pós-crise, elas devem entender o novo comportamento de compra do seu consumidor. Não tirar os olhos do mercado e dos clientes que estão se adaptando ao consumo”, ressalta João Roberto.
Adaptação
A primeira ação da ProSport foi cuidar da equipe de colaboradores e dos que atuam na empresa. “Buscamos ouvi-los, tentando minimizar impactos. Imediatamente, implementamos medidas de marketing, a fim de conectar a marca com o contexto atual de clínica fechada e com os profissionais em casa, mas mantendo uma rotina saudável. Além disso, iniciamos ações de marketing com convidados de renome e alinhados à identidade e cultura da ProSport, falando de saúde, esporte, empreendedorismo, inovação e Covid-19. Alguns exemplos são Zico, Bernardinho, Gustavo Caetano, Erick Silva, Dr. Guilherme Côrtes (infectologista) e Dr. Helio Fádel (psiquiatra)”, acrescenta Samuel Lopes.
Desde o início da pandemia, mesmo com a clínica fechada, a empresa se preocupou em manter o contato próximo com os clientes e pacientes, não só por meio da rede social, mas individualmente. “Iniciamos, com bastante rapidez, um canal de atendimento online, o ProSport Digital, oferecendo atendimento remoto em especialidades médicas (destaque para ortopedia e psiquiatria), além de nutrição, psicologia, enfermagem, fisioterapia e também treinos de pilates e funcional online, com profissionais da clínica”, relata o diretor.
Com a implantação dessas novas formas de atendimento, a ProSport tem registrado crescimento da marca, com grande aprovação das ações realizadas no ambiente online. O Instagram da clínica registrou um aumento orgânico de mais de 600 novos seguidores reais neste período.
“Ao mesmo tempo em que elevamos nosso nome e nos posicionamos no mercado, temos a sensibilidade de nos aproximarmos ainda mais das pessoas. Esperamos compreender melhor o perfil do nosso público e elevar o conceito da marca ProSport”, finaliza Samuel Lopes.
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