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Brincadeira de criança, arte de fazer bonecas se transformou em ofício e renda no Vale do Jequitinhonha

Saber artesanal ultrapassa gerações e leva as famosas bonecas-moringas, feitas em cerâmica, para diversas partes do mundo
Por Samuel Martins
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O Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro, é considerado o terceiro evento mais importante do calendário de vendas do varejo nacional, ficando atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. Uma estimativa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que a previsão de movimentação financeira é de 9,3 bilhões de reais, em 2024. Além de movimentar a economia, a data resgata memórias construídas na infância, especialmente, para quem possui uma história construída com peças características desta fase da vida.

A ceramista Andréia Andrade, neta da dona Izabel Mendes da Cunha conhecida como a Dama do Barro do Jequitinhonha e criadora das famosas bonecas-moringas, conta que tinha o ateliê como parque de diversão. Em sua família, o ato de moldar o barro deixou de ser um passatempo durante a infância, para se transformar em oportunidades. “Minha avó contava que pegava o barro enrolado na folha de bananeira, e construía suas bonecas. Naquela época, não havia recursos e nem tecnologia, foi assim que descobriu o artesanato e definiu a sua profissão”, explica.

Hoje, a artesã mantém vivo o saber herdado da avó, que garante emprego e renda para muitas famílias da região do Vale do Jequitinhonha. “Meu filho Matheus, com nove anos de idade, faz os seus próprios carrinhos e bonecos de barro para brincar. E pessoas que compram o meu artesanato, também já encomendam peças para ele”, relata.

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Virada de chave

O trabalho realizado pelos artesãos ganhou força, em 2021, quando foi criada a primeira Marca Território voltada para o artesanato no estado: a Vale do Jequitinhonha. Desenvolvida pelo Conselho das Artesãs da região, em parceria com o Sebrae Minas, a iniciativa contribui para divulgar a origem do produto, dar notoriedade à região, e estimular a atividade como fonte de renda, aumentando sua valorização no mercado.

Entre as ações realizadas está o fortalecimento da governança, capacitações em design e melhoria de processos, além de iniciativas para ampliar o acesso a mercados consumidores, por meio da participação em feiras e eventos nacionais do setor. “Os consumidores estão cada vez mais atentos à história por trás dos produtos. Por isso, nosso objetivo é incentivar os artesãos a construírem este enredo para fortalecer a sua identidade e origem, agregando ainda mais valor ao artesanato regional”, destaca o gerente do Sebrae Minas na Regional Jequitinhonha e Mucuri, Rogério Fernandes.

De agosto de 2024 até abril de 2025, o Sebrae Minas, o Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), com o apoio do Governo de Minas, promovem a exposição “Dona Izabel: 100 anos da Mestra do Vale do Jequitinhonha”. A mostra no Rio de Janeiro celebra o centenário de nascimento da premiada ceramista mineira.

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Serviço

Exposição “Dona Izabel: 100 anos da Mestra do Vale do Jequitinhonha”.

Endereço: Praça Tiradentes 69/71, Centro do Rio de Janeiro

Funcionamento: terça-feira a sábado, das 10h às 17h

Ingresso: entrada franca (mediante documento com foto)

Website: https://crab.sebrae.com.br/

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Assessoria de Imprensa Sebrae Minas – Regional Jequitinhonha e Mucuri

Samuel Martins
[email protected]

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