Um dos setores mais afetados pela crise provocada pelo novo coronavirus é o de bares e restaurantes. Para se adequar à nova realidade de mercado e às necessidades de consumo, muitos tiveram que apostar nos serviços de entrega em domicílio e nas vendas online. De acordo com uma pesquisa feita pelo Sebrae Minas, dos pequenos negócios do estado que continuam em atividade, 44% estão funcionando em horário reduzido como forma de diminuir custos, e 39% tiveram que investir em serviço delivery e reforçar as publicações e o envolvimento nas redes sociais da empresa.
Em Paracatu, estabelecimentos do centro histórico da cidade estão se reinventando para se manterem no mercado. No Largo do Rosário, local de grande fluxo de turistas e moradores, principalmente nos finais de semana, não existe mais movimentação de pessoas.
Para sobreviver à pandemia, o empreendedor Adriano Fagundes, proprietário da Churrascaria Bella Carne, teve que criar um novo cardápio, implementar um canal delivery e oferecer pratos que não existiam na casa. “Tivemos que nos adequar ao momento e tentar atuar da maneira exigida pelas autoridades em saúde. Eu precisava fazer algo para continuar funcionando. Antes pingar do que faltar”, conta Adriano, que teve que demitir funcionários e reduzir a carga horária da equipe remanescente. “É uma situação complicada, mas foi a maneira que encontrei para não fechar as portas”.
Ele conta que seu negócio era 100% presencial, tendo os cortes da carne na mesa do cliente como um diferencial. “Eu já tinha uma clientela considerável, mas tive que focar totalmente no serviço digital e de entrega. Contratei um motoboy, um profissional para movimentar as redes sociais e fiz parcerias com aplicativos de entrega”. Segundo ele, quando a pandemia acabar, a ideia é manter o serviço de entrega e fortalecer ainda mais o relacionamento com os clientes nas redes sociais.
Outro estabelecimento do Largo do Rosário que também mudou o foco de atuação devido ao período foi a Confraria Empório e Bistrô. O estabelecimento, que é uma mistura de cervejaria, mercadinho e restaurante, passou a oferecer almoço e jantar com entrega delivery ou retirada do alimento no local. Para tentar diminuir o impacto da crise, o proprietário Vinicius Pires dos Reis explica que mudou o horário de funcionamento para faturar um pouco no turno da manhã, com a comercialização de almoço.
“Minha estratégia foi apostar em diversificar os produtos que eu comercializo no delivery, para tentar amenizar o impacto da crise. Inclusive, estava para abrir uma sorveteria self-service e acabei antecipando a sua abertura para a venda delivery. Essas estratégias estão funcionando bem, porém, inevitavelmente o faturamento é muito menor se comparado aos dias normais”.
Quanto às perspectivas para o futuro, Vinícius acredita que o mercado de bares e restaurantes se tornará um misto de delivery e presencial. “Creio que mesmo com o fim da pandemia, o mercado vai mudar bastante. Teremos que atuar em duas frentes de trabalho, investindo e valorizando a entrega delivery e se adequando a nova realidade da venda presencial”.
Para a analista do Sebrae Minas Patrícia Rezende, os empreendedores precisam se adaptar à nova realidade imposta pela pandemia. “Algumas empresas precisam repensar seu modelo de negócio para conseguir atender os clientes e se manter no mercado. É muito importante buscar orientações, pensar estratégias e tomar decisões corretas para vencer este período difícil que todos estamos atravessando”.
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