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Artesãos da Região Central do estado estão entre os vencedores do Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato

Os premiados de Belo Horizonte, Betim e Mariana integram a lista dos 24 artesãos mineiros que estão entre as 100 melhores unidades produtivas do Brasil
Por Da redação
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Peças religiosas em barro, escultura em madeira e miniatura em cerâmica de cinco artesãos de Belo Horizonte, Betim e Mariana foram destaque na 5ª edição do Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato. A iniciativa identifica as 100 unidades produtivas com as melhores práticas do país. Entre 17 e 19 de novembro, eles vão participar da cerimônia de premiação que terá exposição dos trabalhos e Rodada de Negócios, no Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), no Rio de Janeiro.

Da Região das Indústrias, em Betim, o microempreendedor individual (MEI) Sergio Miguel de Souza foi um dos vencedores com a obra Dança do Congo. A arte em barro já está na terceira geração em sua família, que teve início com a avó Joana Isabel de Assunção, ainda, em Pernambuco. O filho Manoel Miguel de Souza aprendeu o modo de fazer com a mãe, e trouxe o aprendizado para Minas Gerais ao instalar sua oficina, em 1972, em Betim, onde ficou conhecido como “Alto dos Bonecos”.

“O trabalho é um símbolo que nos faz refletir sobre a verdadeira essência humana. Esse prêmio veio como um grande incentivo para valoriza a arte genuína e o artesanato como história”, comemora.
Em Mariana, as obras em madeira “Medalhão com anjos” e “Assunção de São Francisco de Assis” foram as premiadas. O MEI Edney do Carmo Silva é escultor e entalhador, filho de marceneiro e escultor. Iniciou sua carreira artística em 1989, inspirado pelas obras dos grandes artistas do barroco mineiro. Tem um ateliê de entalhes e esculturas com releitura Barroca, showroom com peças disponíveis para venda, atividades de oficinas, execução de projetos para altares em igrejas, fazendas e residências. Para ele, a premiação “é uma realização pessoal e vai abrir vários caminhos que dificilmente seriam alcançados sem esta premiação”, destaca.

Na capital mineira, Rosana Piló apresentou o projeto Fragmento de Vilas, com duas esculturas em miniaturas destes cenários que nascem de dois elementos muito fortes e tradicionais da cultura brasileira: o aprender e o fazer transmitidos de pais para filhos. Ela produz obras em miniatura que expressam o amor pela arquitetura e pela arte. “A premiação engrandece os artistas e artesãos e possibilita mostrar não só a qualidade dos produtos, como a prática de gestão. Além disso, há o reconhecimento nacional com a divulgação comercial e o uso do selo Top 100 de Artesanato por três anos. Essa iniciativa do Sebrae é muito importante para nós”, avalia.

Hoje, morando em BH, José Adolfo Viana, da Associação de Artesãos pelos Caminhos das Gerais (Amartes), foi premiado com a obra São Francisco feita com modelagem em argila. O talento para o ofício se manifestou ainda na infância com influência de suas origens, em Januária, no Norte do estado. O artista tem fascínio pelo Rio São Francisco, local que traz boas lembranças da infância. Atualmente, comercializa seus produtos em feiras de artesanato e tem um ateliê em sua residência.

“Receber o Prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato significa muito para mim, pois dá visibilidade ao trabalho que fazemos. E é isso que todo artesão quer: ter espaço para mostrar sua arte”, ressalta.
As peças em cerâmica produzidas pela artesã Cristiana de Souza e Silva, de Belo Horizonte, também foram premiadas. Cristina é MEI desde 2009 e realiza pesquisas e testes usando novas matérias-primas além de técnicas de modelagem. Parte das peças são produzidas individualmente, cada uma com sua singularidade. “O prêmio potencializa a dinâmica e a força do artesanato, que poderá chamar atenção de novos clientes e parceiros”, afirma a artesã.

Incentivo

Neste ano, 1.208 artesãos de todo o país se inscreveram no Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato. Os produtores selecionados serão divulgados no catálogo comercial com informações de contato dos artesãos, além de vídeos sobre as melhores práticas divulgadas no site do Sebrae. O Prêmio é uma iniciativa do Sebrae e do CRAB, e pretende identificar as melhores práticas no artesanato para transformar em referência as 100 unidades mais competitivas, que passam por um processo de melhoria contínua.

“A premiação só confirma a qualidade, beleza e riqueza do artesanato produzido em Minas Gerais, além das boas práticas de gestão dessas unidades produtivas. São artesãos e grupos com produtos diferenciados que chamam a atenção pela identidade, origem e tradição, que destacam a mineiridade presente em cada detalhe”, justifica a analista técnica da Unidade de Agronegócios do Sebrae Minas, Amanda Guimarães.

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