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Entre as paisagens exuberantes da Serra da Canastra, um desejo de obter refúgio no campo se transformou em um projeto de vida e regeneração ambiental. Ao trocar o mundo corporativo pela tranquilidade do meio rural em Delfinópolis, a ex-executiva da Coca Cola Ana Trindade se tornou produtora dos cafés especiais da marca Serra Preta – cultivados após a difícil recuperação de uma área degradada da fazenda.

A história teve diversas reviravoltas. Em 2006, Ana adquiriu o sítio e deu inicio ao processo de recuperação por meio do plantio de mais de 1 mil arvores nativas do Cerrado. Ao longos dos anos, ainda na Coca Cola, plantou 10 mil árvores nativas. Quando se aposentou, em dezembro de 2016, executou a ONG Instituto Candeias, na qual criou um viveiro para 30 mil mudas do Cerrado, além de fazer parcerias com a Uemg (Universidade Estadual de Minas Gerais), para recuperar áreas degradadas e nascentes ao seu entorno com a parceria de bolsistas.

Serra Preta conta com três variedades de cafés: arara, obatã amarelo e catuí vermelho

Porém, o capítulo mais triste da história aconteceu em seguida: um fogaréu acidental, causado por um vizinho que queimava lixo, destruiu quase toda a plantação. A tragédia acendeu nela o propósito de reconstruir o que foi perdido e gerar impacto positivo.

Logo, Ana se uniu a outros agrônomos trabalharam novamente do zero. Reconheceram o solo e suas necessidades, estudaram as espécies de café e planejaram quais espécies de árvores seriam plantadas em consórcio. Ana iniciou um processo de recuperação ambiental, com a plantação de 8 mil pés de café arábica da variedade arara, obatã amarelo e catuí vermelho. Nascia ali o projeto de café agroflorestal – a produção é integrada com árvores e outras plantas, imitando ambientes de floresta. Essa prática oferece benefícios como a regeneração do solo, melhoria da qualidade da água, aumento da biodiversidade e regulação do clima local.

Colheita de cafés é feita 100% por mulheres

“O incêndio representou uma virada de página na minha vida. Foi uma oportunidade para transformar minha propriedade em um negócio interessante”, relembra Ana Trindade, cujo projeto não se limitou à produção agrícola.

O projeto surtiu efeito, já que seus cafés atingiram excelentes pontuações nos diversos concursos e análises feitas pelos especialistas. Nesse processo, teve ajuda por meio da consultorias do agrônomo Kenji Tamaki e do reconhecido produtor de café e agrônomo Getúlio Minamihara, que apontou que ali tinha café especial de alta qualidade – atingiu mais de 80 pontos. Uma curiosidade é que a colheita é feita 100% por mulheres por opção da produtora. “Elas são mais cuidadosas que os homens”, brinca Ana.

A produtora participou do Empretec – seminário aplicado pelo Sebrae Minas que utiliza a metodologia da ONU que estimula o comportamento empreendedor — para estruturar o negócio, aliando qualidade, propósito e inovação.

Atualmente, ela integra a Associação dos Cafeicultores da Canastra (Acanastra), que tem como propósito promover a origem dos cafés especiais da região, agregando valor ao trabalho dos produtores locais.

Cafés especiais atingiram mais de 80 pontos no início

“Com o apoio do Sebrae, conseguimos enxergar o café da Canastra não apenas como um produto, mas como uma marca do nosso território. As capacitações e orientações nos ajudaram a aprimorar a gestão, melhorar a qualidade e valorizar o que temos de mais autêntico: a nossa forma de produzir em harmonia com a natureza”, ressalta a produtora.

Rota Turística da Canastra

O Café Serra Preta entrou para o grupo de experiências da Rota Turística da Canastra, estruturada por meio do Sebrae Minas em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). O roteiro contempla conhecer os locais de produção de queijo, café, cachaça e doces, com hospedagens, pousadas rurais e os atrativos naturais.

Em sua propriedade, Ana Trindade oferece uma imersão ao mundo dos cafés, levando os turistas para experiências de conhecer as lavouras e degustação da bebida harmonizada com duas paixões dos mineiros: o queijo Canastra e a goiabada. Ao longo do passeio pela propriedade, os turistas também contemplam as belas paisagens e aproveitam para experimentar diversas frutas características do Cerrado: cerejas, tamarindo, uvaia e cabeludinha (ou jaboticaba amarela).

Conheça o Café Serra Preta por meio do perfil no instagram @cafeserrapreta

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