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Mercado da diversidade: um oceano de oportunidades para quem quer empreender

Conheça as tendências e desafios do mercado LGBTQI+, 60+ e Black Money
Por Da redação
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Movimentos como Pink Money, Black Money, e Economia Prateada têm impactado a economia, fazendo com que as empresas e a sociedade deem mais atenção para as pautas ligadas à diversidade. O assunto é tão relevante que foi tema de um painel realizado neste sábado (26/11), na Feira do Empreendedor em Belo Horizonte.

O evento reuniu especialistas que discutiram sobre tendências e desafios desses três movimentos que conectam pessoas negras, LGBTQI+ e 60 + de diferentes profissões, com o objetivo de fortalecer o empreendedorismo e a circulação de recursos financeiros nessas comunidades.

Para a professora Dimitra Vulcana, conhecida também como Doutora Drag, é preciso falar sobre a importância da diversidade dentro e fora das empresas. “A ideia que eu gosto de trazer é que esse deve ser um movimento de dentro pra fora da empresa. A instituição precisa primeiro trabalhar internamente com os colaboradores de maneira que possam criar inclusões para depois alavancar os negócios no mercado. Existem metodologias específicas que precisam ser delimitadas para que esse objetivo seja alcançado”, afirma.

Crédito: Alessandro Carvalho

As empresas que utilizam a diversidade como inclusão contribuem para a alavancagem dos seus negócios. A diversidade dentro do ambiente corporativo, por exemplo, cria aumenta as possibilidades de aceitação, a pluralidade de ideias, aumentando a criatividade, inovação e a lucratividade.

Porém, muitas empresas ainda desconhecem o poder de consumo desse mercado, como o da comunidade negra. Para Alan Soares, empreendedor social e um dos fundadores do Movimento Black Money, reforça que muitas pessoas não sabem que a comunidade negra consome cerca de R$ 1,9 trilhão por ano. “Se considerássemos apenas a comunidade negra no Brasil, ainda estaríamos dentro do G20 em relação ao PIB, se pensarmos em quantitativo financeiro”, diz Soares.

Crédito: Alessandro Carvalho

O número de afroempreendedores, segundo ele, representa 53% do total de pessoas que empreendem no país. Essa comunidade, apesar de ser numerosa e consumir muito, a maioria pode ser considerada como “eu empreendedor”, já que muitas vezes é responsável por todo o processo do negócio, desde a gestão à venda.

“Existem ainda muitas coisas que precisam ser ajustadas. Há um potencial gigantesco, um grande oceano azul para esse mercado. Existe um esforço, não apenas no campo social, para facilitar a inclusão dessas pessoas, mas também para gerar lucro”, destaca o empreendedor social.

Mercado dos 60+

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2012 e 2021, a parcela de pessoas com 60 anos ou mais passou de 11% para 15% da população brasileira. E o mercado de consumo desse público, além de amplo, é muito significativo para a economia dos pequenos negócios.

Durante o painel, a jornalista Márcia Monteiro, especialista no estudo da nova longevidade, explicou as tendências desse mercado e a potência da integração entre gerações. “A atenção para as pessoas mais velhas não é olhar para o passado, mas sim para o futuro. A longevidade é uma tendência, tanto que em 2050, o Brasil vai ser o sexto país com a população mais velha do mundo”, afirma a especialista.

Crédito: Alessandro Carvalho

Sobre a perspectiva para esse segmento de mercado, que representa mais de 55 milhões de pessoas, 25% da população do Brasil e movimenta quase R$ 2 trilhões por ano, Márcia afirma que ainda há muitas oportunidades para serem exploradas. “Eu gosto de usar o conceito do oceano prateado, porque dá pra nadar de braçada, mas as pessoas ainda não dão a devida importância. Na pandemia, esse público aumentou o seu consumo pelo e-commerce, e não foi só medicamentos. Em primeiro lugar estão os eletrônicos, como os computadores e os celulares. Também há muita procura por vestuário, produtos para casa, alimentos, bebidas, livros, produtos de beleza e viagens. É um mercado super variado com muitas oportunidades, mas quem ainda não se vê representado”, explica.

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