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Três projetos de inclusão, idealizados por empreendedores mineiros, foram destaque do Programa de Aceleração Criativa do Sebrae Minas (SACRI). As iniciativas estão entre as 20 ideias de negócios selecionadas na primeira edição do programa, criado pelo Sebrae Minas, com o patrocínio do BDMG Cultural para apoiar o crescimento e o desenvolvimento de pequenos empreendimentos da economia criativa e estimular a geração de novos negócios para o setor.
O SACRI foi desenvolvido com uma metodologia ágil, focada no crescimento sustentável e viável dos negócios, além de estratégias direcionadas ao desenvolvimento e aprimoramento de seus produtos e serviços culturais. De fevereiro a maio deste ano, os empreendedores selecionados na primeira edição do programa participaram de mentorias, palestras e consultorias individuais on-line sobre: mercado criativo, modelagem e validação de negócios, gestão de projetos, organização financeira, marketing digital, captação de recursos e fontes de financiamento, business innovation e apresentação comercial (pitch).
“É de extrema importância enxergarmos a cultura como um dos segmentos da economia que gera negócios e desenvolve o território, e o SACRI cumpriu bem esse papel”, destaca a analista do Sebrae Minas Raquel Vilarino.
Após serem capacitados, três projetos foram destaques e receberam os prêmios de: R$ 7,5 mil (1º lugar), R$ 6,5 mil (2º lugar) e R$ 5,5 mil (3º lugar).
Premiados
O primeiro lugar ficou com o ilustrador, escritor e artista visual, Bruno Grossi, que depois de ser diagnosticado, já adulto, com autismo resolveu escrever um livro sobre a história da “Peixinha DoroTEA” – relacionada ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) -, ampliando as discussões sobre assuntos ligados a inclusão.
Na história, DoroTEA enfrenta medos e faz descobertas de um “novo mundo” a ser explorado. Depois de participar do SACRI o autor comemora o amadurecimento do projeto. “Cheguei com ideias simples, soltas e sem visão empresarial e terminei o SACRI com um projeto completo de inclusão. Nesse período, aprendi sobre finanças, comunicação, gestão e planejamento. Hoje, tenho um negócio que me possibilita ter renda e gerar empregos”, afirma Grossi.
O negócio social “Transbordah” ficou com o segundo lugar. A iniciativa capacita mulheres socialmente desfavorecidas promovendo oficinas de bordado e oferecendo essa mão de obra para a indústria da moda. “Durante o SACRI, descobri o potencial de impacto do negócio. Entrei com a proposta de criar uma rede colaborativa, tendo como base a produção associada, e saí sensibilizada com um novo olhar sobre o negócio e com muito mais conhecimento e experiência”, diz Andreia Freitas, fashion designer e diretora do “Transbordah”.
O terceiro lugar, da primeira edição do SACRI, ficou com o projeto “Coisas de Mãe”, uma iniciativa sem fins lucrativos criada para facilitar a divulgação, exposição e venda de produtos feitos por mães que querem complementar o orçamento familiar. “Participar do SACRI me fez enxergar a imensidão de oportunidades existentes no mercado. As mentorias, os encontros e o convívio com os empreendedores fizeram com que o nosso projeto crescesse ainda mais. Hoje, conseguimos nos organizar financeiramente, com planejamento e uma visão mais ampla do mercado, definindo os próximos passos com mais estratégias. Vamos beneficiar ainda mais famílias após essa imersão de conhecimento”, conta Priscila Marques, idealizadora do projeto.
Incentivo
O SACRI integra as ações do Sebrae Minas que estimulam o desenvolvimento dos pequenos negócios da economia criativa, por meio de capacitações, formação de redes e acesso a mercados, gerando oportunidades e novos modelos de negócios viáveis e sustentáveis.
“Nosso objetivo é incentivar o potencial inovador e desenvolver uma identidade empreendedora desses negócios, apresentando ferramentas e estratégias que possam gerar resultados satisfatórios com segurança e planejamento”, justifica a analista do Sebrae Minas Nayara Bernardes.
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