Cerca de 80 amostras de cafés produzidos em 22 municípios do Vale do Jequitinhonha vão estar na disputa da 4ª edição do ‘Prêmio de Qualidade da Chapada de Minas’. O concurso promovido pelo Sebrae Minas e o Instituto do Café da Chapada de Minas (ICCM) vai reconhecer, no dia 24 de outubro, em Capelinha, a qualidade dos frutos entres pelos produtores entre os meses de julho e agosto.
Os cafés estão sendo analisados a partir da metodologia de análise sensorial da Specialty Coffee Association (SCA), que considera dez atributos: aroma, sabor, retrogosto, acidez, corpo, uniformidade, ausência de defeitos, doçura mínima, balanço e conceito final.
Em 2025, a premiação terá duas modalidades: Tradições (para produtores com propriedade superior a 20 hectares) e Origens (exclusiva para propriedades abaixo de 20 hectares.) A modalidade Tradições será dividida nas categorias: Café Natural (sistema pelo qual o café, recém-colhido, pode passar por um processo de lavagem, ou não, tendo sua secagem totalmente finalizada com casca e pergaminho) ou Café Cereja Descascado (lavado com a separação dos frutos verdes enquanto os frutos maduros boiam, passando então por descascador e seguindo posteriormente para a secagem).
Serão premiados os três melhores lotes de cada categoria, com troféus, e os vencedores terão a oportunidade de comercializar o lote premiado em leilão organizado pelo Sebrae Minas.
Apoio à produção de excelência
A região da Chapada de Minas é delineada pelos rios Doce, Mucuri e Jequitinhonha e conta com cerca de 5,8 mil produtores de café que produzem uma média de 400 mil sacas por ano. Além do auxílio para governança, o apoio técnico do Sebrae Minas, por meio do programa Educampo, colabora para que a região esteja despontando como importante segmento do café no Brasil.
A entidade oferece suporte aos produtores com consultorias e promoção do acesso à informações e tecnologias que favorecem o aumento da produção e estimulem a competitividade e a rentabilidade das propriedades rurais. No ano de 2019, desenvolveu a estratégia territorial para posicionar a região como produtora de cafés de alta qualidade com identidade e origem.
Em 2025, o Sebrae Minas iniciou um trabalho voltado à preparação de um grupo de pequenos produtores de café para a obtenção da certificação Fairtrade. A partir dela, os produtores passam a ter uma série de benefícios, como o acesso a um preço mínimo garantido no mercado internacional, que os protege da volatilidade dos preços, e o Prêmio Fairtrade — um valor adicional pago por saca comercializada, que retorna às comunidades para investimentos na produção e em iniciativas coletivas.
“Esta iniciativa ainda contribui para o fortalecimento do associativismo e proporciona capacitações diversas, com destaque para as práticas sustentáveis. Trata-se de um passo importante para o desenvolvimento econômico local”, afirma o gerente do Sebrae Minas na Regional Jequitinhonha e Mucuri, Rogério Fernandes.
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Assessoria de Imprensa Sebrae Minas – Regional Jequitinhonha e Mucuri
Samuel Martins

