Agência Sebrae de Notícias

Com inovação, fé e determinação, um negócio pensado para levantar uma renda extra se transformou em um empreendimento de sucesso em Vazante, cidade do Noroeste de Minas Gerais. Após a esposa Eunice perder o emprego, a necessidade de recompor o orçamento familiar levou Wellington Gonçalves, de 47 anos, a investir na Lanchonete do Mamute – nome inspirado em seu apelido –, um trailer de cachorro-quente construído por ele mesmo e que comercializa a salsicha produzida pelo empreendedor.

Essa história teve início há cerca de oito anos, quando o casal degustou um molho especial de maionese temperada na casa de amigos e projetou um empreendimento voltado para alimentação fora do lar. Serralheiro de ofício, Wellington improvisou um mini trailer em uma carretinha-reboque para dar início ao negócio.

“Inicialmente, testamos a experiência em um pequeno evento que fizemos na rua onde moramos. Convidamos vários vizinhos e oferecemos o cachorro-quente, com molho especial. Todos gostaram da receita que criamos”, relembra Wellington. Diante deste sucesso, o casal começou a vender o produto nas portas de boates e eventos às sextas-feiras e aos sábados. “Trabalhamos desta forma por três anos. Vendíamos uma média de 40 a 50 hot-dogs por dia. O resultado foi ótimo”, frisa.

Apesar disso, o casal teve muitas dificuldades para gerir o negócio. O empreendedor conta que, ao chegar em casa, era preciso desmontar a carretinha, pois ela era utilizada no seu trabalho como serralheiro. Também enfrentava problemas quando chovia ou ventava muito. “Me lembro de uma ventania muito forte que ocorreu na cidade e jogou a estrutura para o alto, quebrando tudo. Mas temos muita fé, e começamos tudo de novo”, recorda.

Crescimento e diversificação

Por meio de uma notícia ouvida em uma rádio, Weilington teve contato com o Sebrae Minas. “Tive conhecimento do Festival Gastronômico e tentei de tudo para participar do evento, pois as vagas já estavam preenchidas. Faltando três dias para o evento, surgiu uma vaga. Foi quando participei de consultorias personalizadas que me levaram, inclusive, a produzir a própria salsicha”, explica.

Por meio do programa Prepara Gastronomia, Wellington recebeu orientações sobre gestão, finanças, e marketing, além de elaborar o seu prato especial para o festival. “Com apoio do chef Fagner Albergaria, criamos a salsicha artesanal. No início, ficou parecida com uma linguiça, mas fomos aperfeiçoando para chegar ao padrão que temos hoje, que é o de uma salsicha natural bastante diferenciada e demandada pelos clientes”, celebra.

Com isso, o negócio cresceu e, atualmente, conta com duas funcionárias fixas e uma freelancer aos fins de semana. Além disso, ele diversificou o cardápio, que agora conta com sanduíches, pastéis e porções e também passou a trabalhar em festas de crianças e eventos em outras cidades. “Hoje, tenho estrutura para montar três trailers. Temos freezers, geladeiras, fritadeiras, chapas, pula-pula, piscina de bolinha, escorregador inflável, carrinho de pipoca, e de algodão doce. O trailer principal tem brinquedoteca e até um banheiro químico”, destaca.

O empreendedor revela, ainda, que recebe suporte do Sebrae Minas há cerca de dois anos. “Sou muito grato ao Sebrae. Depois dessas consultorias e do apoio que recebemos, tive uma mudança de vida que não tem preço. Até mesmo a minha timidez foi possível superar com estas capacitações. Celebro conquistas como ter viajado de avião pela primeira vez, e poder ir à praia uma vez ao ano”, reforça Wellington, que espera continuar crescendo e inovando cada vez mais em seu empreendimento.

Novos horizontes

Com o tempo, Wellington percebeu uma nova possibilidade de faturamento: passou a ofertar o aluguel de brinquedos infantis nos eventos em que participava com seu trailler. “Minha cunhada tinha alguns brinquedos para locação que não estavam sendo usados. Fiz uma parceria com ela e incrementamos o negócio. No primeiro grande evento, faturamos cerca de R$ 9 mil, o que nos revelou uma oportunidade de expansão”, explica.

Algum tempo depois, o empreendedor comprou os brinquedos da cunhada e também adquiriu novos equipamentos. Neste período, sua esposa foi aprovada em um concurso público da prefeitura, e ele precisou assumir o negócio sozinho. Uma alternativa foi encontrar um ponto para fixar o trailer. Segundo ele, o local escolhido está em uma rotatória com grande fluxo de carros e pessoas. Desta forma, o negócio passou a funcionar de terça a domingo.

“Por cerca de quatro anos, a praça tinha somente o meu trailer. Hoje, todos os outros espaços destinados ao comércio estão ocupados por outros empreendedores. Meu pioneirismo colaborou para que outras pessoas começassem seus negócios também. Atualmente, 12 negócios de alimentação funcionam em espaços públicos da cidade”, conta.

Conheça o negócio de Wellington Gonçalves por meio de sua página no Instagram: @mamutelanchonete_

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Assessoria de Imprensa Sebrae Minas – Regional Noroeste e Alto Paranaíba

Henrique Ulhoa (STARK)

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