As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) de Minas Gerais geraram um saldo de 23.126 novos postos de trabalho em março de 2024, o que representa 57,1% do saldo total para o Estado, de acordo com levantamento do Sebrae Minas, a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O número é resultado da diferença entre 154.278 admissões e 131.152 desligamentos registrados no período. Esse dado corresponde a um aumento de 10,56% em relação à fevereiro e é considerado o maior saldo para o mês de março desde 2020.
Minas Gerais ocupou a 2ª posição de saldo gerado pelas MPEs, dentre as Unidades da Federação. Os setores de Serviços, Agropecuária e Construção Civil se destacaram como os principais geradores de empregos, com saldo de novas vagas de 10.525, 5.041 e 2.680, respectivamente. Em relação ao mês anterior, o Comércio teve crescimento de 456,4% no saldo de empregos.
O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, chama atenção para a melhora do setor de Comércio depois de um período de baixa contratação.
“O cenário atual da economia favorece a admissão de novos postos de trabalho nas micro e pequenas empresas. A redução da inflação e da taxa Selic, bem como o aumento real do salário mínimo, deixa os empreendedores mais confiantes para novos investimentos, incluindo contratar novos funcionários”, explica.
Dentre as regionais do estado, a de melhor resultado gerado pelas MPEs foi a Centro e a de menor resultado foi a Jequitinhonha e Mucuri. Belo Horizonte foi o município mineiro com melhor resultado: 2.448 novos postos de trabalho. Já Campos Gerais apresentou saldo de -72.
Em relação às atividades econômicas específicas, destacam-se o Cultivo de Alho, com um saldo positivo de 1.460 vagas; serviços de preparação de terreno, cultivo e colheita, com 922 vagas; e construção de rodovias e ferrovias, 804 novos postos.
Perfil
O perfil mais comum das admissões geradas pelas MPE mineiras em março de 2024 são homens, na faixa etária de 18 a 24 anos, com ensino médio completo. O salário médio de admissão foi de R$1.828,69; cerca de R$34,76 a menos do que o salário médio de desligamento. Os desligamentos realizados, em sua maioria, foram homens, entre 18 e 24 anos, com ensino médio completo.
As ocupações com melhor saldo de empregos gerado no período foram trabalhador volante da agricultura, com 4.351 novos postos gerados; servente de obras, com 1.250 vagas; e auxiliar de escritório, 937 vagas.
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